Red Bull explica por que rebaixou Albon a reserva: “Falta de consistência e lado mental”

Helmut Marko, consultor da Red Bull, afirmou que Alexander Albon não perdeu sua vaga de titular na equipe para 2021 por falta de talento, mas porque foi muito pouco consistente na comparação com Max Verstappen. Por isso, a opção foi trazer um nome mais experiente para o segundo carro: Sergio ‘Checo’ Pérez

A temporada 2020 do Mundial de Fórmula 1 foi marcada pela rara paciência da Red Bull com um dos seus jovens talentos. Alexander Albon, que na segunda metade de 2019 foi promovido a titular, na esteira do rebaixamento de Pierre Gasly à Toro Rosso — hoje, AlphaTauri —, teve o ano inteiro para entregar resultados à escuderia taurina, sendo acompanhado de perto pelos exigentes Helmut Marko e Christian Horner, consultor e chefe de equipe da Red Bull. Mas enquanto Max Verstappen empilhou troféus, foi 11 vezes ao pódio em 17 corridas, venceu duas vezes e conquistou uma pole, o anglo-tailandês não conseguiu acompanhar nem de longe o ritmo do holandês. Alex conquistou somente dois pódios e foi massacrado pelo companheiro de equipe em ritmo de classificação, levando 17 x 0.

No Mundial de Pilotos, Verstappen terminou em terceiro, muito perto do vice-campeão, Valtteri Bottas. Max marcou um total de 214 pontos, contra 223 do finlandês. Albon, por sua vez, foi apenas o sétimo colocado, terminando empatado com Carlos Sainz, da McLaren, com 105 tentos. O dono do carro #23 ficou atrás também de Sergio Pérez — com o mexicano tendo feito duas corridas a menos em 2020 — e Daniel Ricciardo, da Racing Point e Renault, respectivamente.

Dias após o fim da temporada, a Red Bull anunciou que Pérez vai ser o titular na próxima temporada, fato que relegou Albon ao posto de piloto reserva e de testes em 2021.

Alexander Albon está fora da F1 em 2021 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

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Na visão de Marko, não faltou talento a Albon nesta temporada e meia. Entretanto, em entrevista concedida às publicações alemãs Motorsport-Total e Formel1.de, o dirigente austríaco disse que o que prejudicou Alex foi a “falta de consistência” e “também mental”.

“Chegamos ao lado mental, todos os resultados insatisfatórios o perturbaram. Seu déficit em relação a Verstappen aumentou ao longo da temporada, não diminuiu. É por uma curta margem, mas cresceu”, opinou o consultor taurino.

No começo da temporada, Albon teve uma chance real de vencer o GP da Áustria antes de ter sido acertado por Lewis Hamilton e depois, por problemas no carro, ter de abandonar a prova. Mas ao longo do campeonato, o piloto sofreu com a falta de consistência e inclusive chegou a ser eliminado das classificações antes do Q3 em três oportunidades: nos GPs da Hungria, Inglaterra e Sakhir.

Para o consultor, Albon “perdeu uma quantidade desproporcional de tempo” quando o vento mudava de direção — o dirigente lembrou que o RB16 era um carro “muito sensível ao vento” —, ou quando havia um grande desgaste dos pneus. Em contrapartida, Max se destacou por ser um dos pilotos de melhor gestão dos pneus no grid, fator que o ajudou a levar à vitória no GP dos 70 Anos, em Silverstone.

Por fim, Marko falou justamente sobre a comparação com Verstappen, e o quanto é difícil ser companheiro de equipe do holandês.

“Se você tem um companheiro de equipe que guia constantemente no nível máximo, não importa qual seja o carro, isso desempenha um papel de subordinação. Se você olhar dessa forma, ninguém, com exceção de Daniel Ricciardo, esteve ao mesmo nível de Max. E quanto mais tempo duraria a combinação Ricciardo-Max, mais frequentemente e mais claramente Max estaria à frente dela”, concluiu.

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