Red Bull nega desejo de construir unidade de força própria e refuta rumores de parceria com Audi

A mudança nas regras que está sendo estudada para 2017 torna sem sentido que qualquer nova montadora entre no Mundial de F1 no próximo ano, afirmou Helmut Marko. E também não houve conversas entre a Red Bull e a Audi, segundo o consultor dos rubro-taurinos

Olhar para alternativas é algo natural para o futuro caso o relacionamento com a Renault não retome um caminho construtivo, mas a Red Bull não quer construir um motor próprio e tampouco negocia o estabelecimento de uma parceria com a Audi. É o que afirma de maneira categórica o consultor da equipe austríaca, Helmut Marko.
 
O começo de 2015 para o time em Milton Keynes não está sendo dos melhores. O melhor resultado foi o sexto lugar de Daniel Ricciardo no GP da Austrália, ao passo que o time ficou atrás da Toro Rosso no GP da Malásia, seu time B. Caiu, assim, para a sexta posição no Mundial de Construtores.
 
A principal queixa dos rubro-taurinos é com relação à falta de performance e de dirigibilidade do motor Renault em comparação às unidades de força das concorrentes Mercedes e Ferrari. Uma troca pública de farpas entre as duas partes aconteceu nas últimas semanas — neste momento, um cessar fogo está sendo respeitado — e começaram a surgir opções para os rubro-taurinos. Mas Marko desmentiu as duas principais teorias.
 
“Nós não estamos interessados em desenvolver a nossa própria unidade de força. Somos uma fabricante de chassis e uma equipe de corridas, e a nossa prioridade é fazer a nossa parceria com a Renault ter sucesso outra vez. Se isso não acontecer, seria normal procurar por alternativas”, afirmou o dirigente em entrevista ao site da F1.
Helmut Marko negou que a Red Bull queira fazer um motor próprio ou que negocie com a Audi (Foto: Getty Images)
A Audi

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “2258117790”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 600;

Marko declarou que o contrato com a Renault vai até o fim de 2016. Para 2017, são aguardadas mudanças profundas nas regras. E, como o próprio ex-piloto salientou, não faz sentido para uma montadora entrar na F1 no último ano de um ciclo.
 
“Uma nova montadora certamente vai querer esperar para ver o que será possível com as regras de 2017. Essa decisão tem de ser tomada o mais cedo possível, pois toda nova montadora precisa de um tempo de preparação para o desenvolvimento. Eu imagino que pelo menos dois anos”, disse.
 
Falando mais especificamente sobre a Audi, Marko foi incisivo: “Respondo com as mesmas palavras de Dietrich Mateschitz: não houve conversas, tampouco estamos começando uma liquidação de inverno, como estão dizendo que podemos ser comprados por US$ 300 milhões”.
 
Vencedora de 13 edições das 24 Horas de Le Mans nos últimos 16 anos, a Audi se diz extremamente satisfeita com a participação nas corridas de endurance e o desafio que lá encontra. Que o interesse é provar sua tecnologia contra diferentes conceitos e não se enquadrar ao conceito que a F1 impõe às suas montadoras. Esta é a palavra oficial.
A Audi venceu 13 vezes as 24 Horas de Le Mans (Foto: Getty Images)
Por trás disso, o que corre é que a montadora cogita, sim, ingressar no Mundial. O motivo: a Mercedes, uma de suas grandes concorrentes não só na Alemanha, mas em todo o mundo, está divulgando sua imagem a um público muito maior com o sucesso que vem obtendo na F1. Daí o desejo de comprar ou se associar a um time.
 
A contratação de Stefano Domenicali corrobora com a teoria, mas, também de acordo com a palavra oficial, o ex-chefe da Ferrari está apenas trabalhando em projetos ligados a mobilidade — nada a ver com o esporte. Se há algo por trás, trata-se de um segredo guardado a sete chaves e discutido apenas nas reuniões da alta cúpula da Audi e do Grupo Volkswagen.
 
No Mundial de Endurance, a Audi compete com um motor V6 turbo, mas ele é bem diferente do que é usado na F1. Para começar, é movido a diesel, o que já exigiria uma modificações profundas para a adequação aos monopostos. Além disso, dentro do atual conceito das unidades de força da F1, o trem de força de Ingolstadt não se adequaria: ele possui apenas um sistema de recuperação de energia baseado no ‘flywheel’. Na F1, os carros têm um MGU-K e um MGU-H.
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.