Red Bull vai para Singapura de olho em vitória, mas vice no Mundial sobe no telhado

Depois de ficar em segundo plano em Spa e Monza, a Red Bull tem tudo para ser protagonista novamente em Marina Bay. O problema é que, com a Ferrari somando valiosos pontos nas últimas semanas, a briga pelo vice no Mundial de Construtores virou algo distante

A Red Bull que cruzou a linha de chegada no GP da Hungria em pouco lembrava a Red Bull que largou no GP da Bélgica, primeiro após as férias da Fórmula 1. Não só pela troca de Pierre Gasly por Alexander Albon, mas também pela evidente dificuldade do RB15 em pistas de alta velocidade, como em Spa e Monza. O tão brilhante Max Verstappen do primeiro semestre serviu de termômetro ao só conseguir quatro pontos em duas semanas. Entretanto, há boas notícias: o GP de Singapura de daqui duas semanas é a deixa para os taurinos voltarem às posições de destaque da F1.
 
A explicação é simples: por mais que o motor Honda dê sinais claros de evolução, ainda não é páreo na briga com Ferrari e Mercedes. Sabendo disso, a marca japonesa combinou com a Red Bull de fazer todas as trocas de motor que precisava na Itália e na Bélgica. Em Singapura, os dois problemas são resolvidos numa tacada só: além de não ter mais que perder posições no grid no curto prazo, Verstappen e Albon partem para uma pista com muito mais ênfase em curtas do que em retas.
Depois de duas provas sem destaque, a Red Bull ganha nova chance em Singapura (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Não é exagero algum imaginar Verstappen brigando de igual para igual com a dupla da Mercedes, por exemplo – Albon provavelmente ainda não consegue, dado o processo de adaptação à nova equipe. Não dá para afirmar que o holandês é favorito, já que Marina Bay não chega a ser travado da mesma forma que Mônaco ou Hungaroring. Entretanto, a fase iluminada de Max deve colocar um bom tempero na corrida.

 
Para Albon, trata-se da hora da verdade. O tailandês não fez corridas ruins em Spa e Monza, mas foi beneficiado pela falta de parâmetro – Verstappen bateu na Bélgica e quebrou a asa na largada da Itália. Além disso, havia a variável das perdas de posições no grid. Alexander deve ter condições iguais às de Max na prova noturna, e justamente quando muito vai estar em jogo, como pódio e vitória.
Terceiro lugar no Mundial está longe de ser má notícia para Red Bull e Honda (Foto: Beto Issa)

Acontece que, independente do que aconteça em Singapura, uma coisa é fato: a tentativa da Red Bull de passar a Ferrari no Mundial de Pilotos sofreu um duro golpe. Com 31 pontos a mais nas últimas duas etapas, os italianos abriram vantagem de 85, consolidando o vice. Vai ser preciso tirar mais de 12 pontos por etapa para conseguir a virada, o que está longe de ser provável. Mesmo que Singapura seja uma pista mais fraca para o SF90, seria otimismo demais se Christian Horner achar que vai estar sempre na frente, considerando a variedade de pistas que ainda temos pela frente. Enquanto pistas como as de Suzuka e da Cidade do México jogam a favor dos taurinos, Sóchi e Abu Dhabi reservam panorama oposto, por exemplo.

 
De qualquer forma, sequer sonhar com o segundo lugar no Mundial já pode ser tratado como um sucesso para Red Bull e Honda. A equipe que muitos temiam ver em apuros em 2019, milhas e milhas distante de Mercedes e Ferrari, surpreende ao ir ao pódio com frequência e já ter duas vitórias no papo, e com chances reais de levar mais outras. Se o vice não vier em 2019 – não virá –, isso certamente não vai impedir o pessoal de Milton Keynes de trabalhar pesado para acabar com a já incômoda seca de títulos na Fórmula 1.
 

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