Red Bull volta a ventilar saída de Verstappen da F1: “Não é como Alonso ou Hamilton”

Helmut Marko, consultor da equipe austríaca, afirmou que não acha que Max Verstappen terá uma carreira longeva “como Fernando Alonso ou Lewis Hamilton”

Desde a polêmica punição a Max Verstappen por falar um palavrão, o futuro do tricampeão a longo prazo na Fórmula 1 tem sido debatido. Enquanto o piloto ameaça deixar a categoria mais cedo do que tarde, pessoas ao redor do neerlandês têm fortalecido essa narrativa. Helmut Marko, consultor da Red Bull, reforçou essa possibilidade ao dizer que o piloto do #1 não é “como Fernando Alonso ou Lewis Hamilton” e colocar em xeque a continuidade na F1.

Na chegada ao GP de Singapura, ainda na quinta-feira do fim de semana, Verstappen causou polêmica ao falar que o RB20 estava “fodido” na classificação no Azerbaijão. O episódio, que ocorreu na coletiva de imprensa, motivou a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) a punir o neerlandês com horas de serviço comunitário, o que provocou reações no paddock

Para Marko, episódios como o ocorrido em Marina Bay podem motivar Verstappen a deixar a Fórmula 1 precocemente. Diferentemente de figuras como Hamilton e Alonso, o atual tricampeão tem como prioridade desfrutar o esporte e não necessariamente ir até o máximo das condições físicas, como o austríaco aponta. 

“Max não é como Alonso ou Hamilton. Eles correm enquanto as condições físicas permitem. E, sim, Verstappen está bastante interessado em vencer, mas se tem quatro, cinco ou seis títulos mundiais, isso não é o que está em primeiro plano. Ele quer desfrutar e estar entusiasmado com o esporte e viver em um ambiente onde se sinta confortável”, disse Marko em entrevista ao canal austríaco ORF.

Verstappen se envolveu em polêmica com a FIA no fim de semana de Singapura (Foto: AFP)

“O carro não é competitivo e inventam essas punições por um palavrão que foi dito em uma coletiva de imprensa e que se referia ao carro. Isso é ridículo”, continuou. 

No entanto, Marko não se limitou apenas ao episódio em Singapura. Segundo o consultor, no GP da Áustria, quando Verstappen e Lando Norris se chocaram na reta final da prova, o neerlandês foi considerado culpado injustamente pelo incidente. 

“E isso também se aplica a outros momentos, como, por exemplo, no Red Bull Ring. Max foi acusado de ser muito duro, e isso foi um pouco injusto. Ele apenas fez o que é permitido nas regras, mudou de linha e se defendeu com firmeza. Sabemos que é um piloto duro”, comentou.

“Isso é algo que o público quer ver, e acho que, em geral, precisamos voltar àquela velha filosofia das corridas dos ingleses. Deixe-os correr e não devemos ditar como devem se comportar. É claro que não deve se comportar mal, mas não com interpretações tão estreitas”, encerrou Marko.

Max Verstappen foi o segundo colocado no GP de Singapura (Foto: AFP)

Atualmente, Verstappen está no caminho para conquistar o tetracampeonato do Mundial de Pilotos. Com 331 pontos, o neerlandês da Red Bull está na liderança, enquanto Norris, da McLaren, vem logo atrás, com 279 tentos. 

Já no Mundial de Construtores, a McLaren está na ponta, com 516 pontos, enquanto a Red Bull vem em segundo, com 475, e é seguida pela Ferrari, que fecha o top-3 com 441 tentos. 

A Fórmula 1 agora volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.

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