Renault defende fim de “equipes escravas” para democratizar chances de vitórias na F1

Nick Chester, diretor-técnico da Renault, pediu à F1 o fim das equipes de apoio às principais do grid, que são usadas para testes de desempenho de detalhes dos carros de Ferrari e Mercedes, por exemplo. Para ele, esse é o caminho para que mais equipes tenham chance de vencer na categoria

Apenas três equipes venceram na F1 neste ano, mas só duas tem chances reais de título. E isso incomoda o restante do grid. Desta vez, quem externou suas preocupações foi Nick Chester, diretor-técnico da Renault, que criticou tal situação.

Segundo Chester, a F1 precisaba acabar com as "equipes escravas" – como chamou os times que são utilizados pelos maiores para testes em detalhes do carro, principalmente de motor.

"Eu acho que será um grande problema se esse modelo continuar. Não sei como uma equipe pode brigar na frente do grid sem ter uma ou duas equipes satélites", disse o dirigente, citando o planejamento do Liberty Media de instaurar o teto orçamentário a partir de 2021.

"Creio que é algo muito importante e que deve ser observado pela FIA e pela F1. Se esse modelo não for deixado de lado, será um grande problema e acabaremos em uma situação na qual, se você deseja vencer, precisa ser uma equipe de fábrica com duas equipes satélites, ou jamais vencerá. Acho que há muitas implicações pensando lá na frente", completou.

Carlos Sainz (Foto: Renault)

Para o diretor da Renault, uma ideia é aumentar o número de partes do carro obrigatoriamente produzidas pela própria equipe, ou tornar algumas destas padrão para todo o grid da F1.

"Senão, são apenas muitos benefícios para a equipe satélite, o que torna a F1 nada atrativa para quem não trabalha assim", finalizou.

O novo regulamento de motores está previsto para 2021, por mais que a F1 já pense em adiá-lo para permitir entrada de mais montadoras.

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