Renault rejeita preocupações sobre futuro na F1 após prisão de Ghosn e reafirma “plano de continuidade”

Cyril Abiteboul, chefe da Renault, falou em entrevista coletiva na última sexta-feira (23), em Abu Dhabi, que nada muda no projeto da escuderia francesa para a F1 mesmo com a prisão de Carlos Ghosn, fundamental para o retorno da montadora como time de fábrica ao fim de 2015

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A indústria automobilística mundial foi abalada com a notícia da prisão do executivo franco-brasileiro Carlos Ghosn nesta semana. O presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi é alvo de investigação pelo Ministério Público de Tóquio por acusação de fraude fiscal. Nascido em Porto Velho, Ghosn foi elemento fundamental para que a Renault comprasse a Lotus e voltasse à F1 como equipe de fábrica a partir de 2016. O executivo ainda mantém o cargo de CEO da Renault, mas a empresa nomeou o chefe de operações, Thierry Bollore, como interino de Ghosn.
 
Cyril Abiteboul, chefe da Renault, foi questionado a respeito do assunto na sexta-feira (23) durante entrevista coletiva com os chefes de equipe em Abu Dhabi. O dirigente francês deixou claro que, embora considere Ghosn elemento muito importante para a montadora francesa estar novamente no grid da F1 como equipe, não há preocupações sobre a sequência da marca no Mundial.
 
“Carlos Ghosn foi fundamental na decisão de voltar no fim de 2018. Mas, obviamente, não é uma decisão de um homem só. Isso foi debatido longamente no comitê executivo, no conselho, e essa foi a decisão da empresa. Nós estamos correndo na F1 há mais de 40 anos. Estamos no meio do caminho de uma jornada de longo prazo. Seis anos para construir a equipe, seis anos para desafiar esses caras. É onde está o foco no momento”, assegurou o engenheiro.
Carlos Ghosn foi elemento fundamental para o retorno da Renault como equipe de fábrica à F1 (Foto: AFP)

A Renault vem investindo muito dinheiro para se colocar entre as melhores equipes do grid. Para 2019, a grande novidade é a contratação de Daniel Ricciardo, naquele que foi o movimento mais surpreendente do mercado de pilotos nos últimos anos.

 
Abiteboul deixou claro o projeto de longo prazo e lembrou que a Renault tem um “plano de continuidade e a F1 é parte desta operação”. Na visão do dirigente, a chegada de um CEO interino não vai influenciar neste projeto de estar entre as melhores equipes do Mundial.
 
“É um objeto e uma atividade que é bem conhecida, muito visível e recebe muita exposição, com claras expectativas de retorno sobre o investimento e contribuição para o negócio. Os motivos pelos quais nós nos unimos à F1 da forma que voltamos em 2015 ainda estão aqui hoje: pela exposição, pelo desenvolvimento de tecnologia. Não há motivo para que essas razões desapareçam de repente, algo que não quero especular neste momento”, salientou.
 
“Então, se a F1 ainda é um bom valor, não há motivo para não ser assim também no futuro. Estou simplesmente falando que, na minha opinião, está nas nossas mãos e é aí que vou concentrar meus esforços ao invés de especular. Está nas nossas mãos entregar o melhor resultado possível e também o melhor custo atribuído à empresa, que vai seguir monitorando esta atividade como qualquer outra”, complementou o dirigente.
 
No fim das contas, Abiteboul reforçou que, no momento, não há preocupações sobre o futuro da Renault na F1. “Não tenho absolutamente nenhuma indicação de que, por exemplo, Thierry Bollore não esteja interessado na F1. De novo, ele é um diretor da nossa empresa, tem muito bom conhecimento sobre o que estamos fazendo, então é otimismo, sem ceticismo, focando simplesmente nos fatos e no que precisamos fazer para corresponder”, finalizou.
 
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