Renault supera crise e apresenta à Red Bull proposta para renovação de acordo de motores para temporada 2017

Cyril Abiteboul entende que o pior já ficou no passado. Depois de ver a Renault desenvolver um motor muito melhor nesta temporada, o dirigente francês disse que já ofereceu uma proposta de acordo de renovação do fornecimento para a Red Bull visando o ano que vem. Abiteboul deixou claro que pode retomar a parceria também com a Toro Rosso

Depois da tempestade, vem a calmaria. O ditado que muito se aplica a várias situações da vida e do cotidiano em si também faz todo o sentido na relação entre Red Bull e Renault. Depois de uma crise sem precedentes na parceria que resultou em nada menos que oito títulos mundiais entre 2010 e 2013, a montadora francesa entregou motores que apresentaram déficit de potência e confiabilidade no ano passado, fazendo com que os taurinos esperneassem e tentassem, sem sucesso, um acordo com outra fornecedora entre Honda, Mercedes e Ferrari.
 
Em 2016, a Red Bull continua com a Renault, mas sem exibir mais a marca e o logo diamante, rebatizando a unidade de potência construída em Viry-Châtillon como TAG Heuer, sua nova patrocinadora. Mas se depender da cúpula da Renault, a relação, que já vem melhorando, deve ser ainda mais forte em 2017, já que há uma proposta confirmada de renovação do acordo para fornecimento de motores para a próxima temporada da F1.
 
“Acho que dá para dizer que a Red Bull já tem uma proposta. Francamente, se me perguntassem sobre isso há um ano, não poderia dar uma resposta com total segurança. Não estamos na mesma situação, ainda que também seja difícil apostar num resultado concreto nas negociações comerciais dentro de um negócio como é a F1”, disse Cyril Abiteboul, diretor esportivo da Renault em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’.
Cyril Abiteboul durante entrevista coletiva na Espanha na última sexta-feira (Foto: Getty Images)
O engenheiro francês mostra grande alívio com a crise que ficou para trás. “O que se pode observar é que a relação entre Renault e Red Bull é melhor. Melhorou depois da melhora do nosso produto”, comemorou.
 
“Espero que, se continuarmos demonstrando que o produto que fornecemos pode melhorar, e podemos oferecer um motor que permita lutar por pódios e títulos, haja um interesse mútuo em continuar esta relação”, acrescentou, indicando que ainda resta uma resposta por parte do time de Christian Horner e Helmut Marko.
 
Abiteboul deixou claro que o interesse da Renault é seguir com a parceria, até mesmo para servir como referência à equipe de fábrica. “Obviamente, há uma relação que pode continuar se chegarmos a um acordo, o que ainda não é o caso, e aí vamos falar em valores. A Red Bull é mais que bem-vinda a ficar como cliente da Renault. Para ser mais específico, é meu desejo.”
 
“Agora temos de fazer por merecer diante da perspectiva técnica e competitiva do nosso produto. É o que importa para a Red Bull, e nos testes desta semana em Montmeló vamos introduzir nossa atualização, é o momento certo”, continuou.
 
“É o momento de fazer uma oferta antes de chegar a um acordo. A Red Bull tem uma oferta nossa”, ratificou Abiteboul. O diretor da Renault indicou, também, que está aberto a um novo acordo também com a Toro Rosso. O time de Faenza abriu mão do fornecimento dos motores Renault e faz uso, na temporada 2016, do motor Ferrari, mas da especificação de 2015.
 
“Estamos abertos a negociar, somos pragmáticos. Quando digo que não se descarta nada, é com a Red Bull em sua totalidade. Temos claro que não fizemos um bom trabalho com a Toro Rosso no ano passado, de modo que é de esperar certo receio da sua parte, mas, como dissemos, estamos abertos para negociar”, disse.
 
“Imagino que as razões pelas quais faria sentido para a Red Bull ter o mesmo motor em suas equipes seguem sendo totalmente válidas, mas é uma decisão totalmente sua. Não é uma condição para nós, e tudo é possível na F1”, concluiu.
O QUE ESTÁ POR TRÁS DO RECENTE NOTICIÁRIO SOBRE SCHUMACHER

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