Renault, Williams e McLaren se colocam contra pedido para Force India seguir no grid em 2018, diz revista

Em situação crítica, a Force India sofre com mais um problema consequente da sua atual condição financeira na F1: a autorização que precisa ser assinada por todas as equipes, permitindo a sua permanência no grid, não está unânime. Assim, o time indiano corre o risco de fechar as portas e voltar apenas no ano que vem

A Force India enfrenta um novo revés. Em estado de administração judicial, gerido pela FRP Advisory LLP, a equipe decretou falência e espera para ser comprada, provavelmente por um dos cinco interessados que manifestaram interesse na equipe – entre eles Mercedes e Lawrence Stroll, pai de Lance.
 
A situação da equipe já era considerada crítica nos últimos anos, por conta das altas dívidas que acumulava, carregando uma crise financeira antiga para o time. Além disso, Vijay Mallya, ex-dono da Force India, está fora do cargo há dois meses e foi condenado por uma série de fraudes na Índia e está prestes a ser extraditado da Inglaterra para o país de origem. Tudo isso agravou o quadro para um resultado irreversível que obrigou – por pedido da Mercedes e de Sergio Pérez, aos quais a equipe deve mais de R$ 50 milhões – pelo decreto de falência pela Suprema Corte da Inglaterra, na última sexta-feira.
 
Para se manter no grid em 2018, a Force India precisa de uma autorização assinada por todas as equipes que concorde com a sua permanência e premiação em dinheiro ao fim da temporada. Uma reunião agendada por Chase Carey, diretor-executivo da F1, para recolher as assinaturas foi realizada durante o GP da Hungria, mas nem todos os times concordaram em continuar competindo com a esquadra indiana na condição de falência.
 
Segundo a revista alemã ‘Auto Motor und Sport’, Renault, Williams e McLaren se recusam a colaborar para que a Force India possa seguir no campeonato e, consequentemente, em busca da bonificação em dinheiro no fim do ano. Em sexto lugar no campeonato, o time ainda briga com a Haas para ganhar mais uma posição no Mundial. 
Sergio Pérez pediu para que a Force India declarasse falência (Foto: Force India)

Ainda de acordo com a publicação, os motivos para que essas três equipes não concordem com a situação explanada difere. Para a Renault, a atitude é uma forma de pressionar o Liberty Media, para evitar que o domínio da F1 seja de posse de Mercedes, Ferrari e suas clientes – já que a francesa é uma equipe completamente de fábrica. Para Williams e McLaren a questão não entra no âmbito econômico e, sim, nas posições que ocupam no mundial: ambas abaixo da Force India. 

 
Sem o apoio das outras equipes na autorização, é possível que não haja condições para a Force India de continuar competindo neste ano e projetar uma volta apenas na próxima temporada, já com um novo dono. A retirada não daria direito a nenhum prêmio em dinheiro da F1, como deliberado, e alteraria as estruturas da equipe, inclusive podendo colocar pilotos e funcionários no mercado da F1.
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