Retrospectiva 2024: Hülkenberg brilha em 2024 com Haas e se recoloca no mapa da F1

Após um ano de 2023 promissor, porém limitado por um carro não mais que mediano, Nico Hülkenberg confirmou que merece estar na Fórmula 1 e teve uma temporada 2024 acima das expectativas

Quando Nico Hülkenberg deixou a Renault em 2019, parecia ser o fim de uma carreira um dia muito promissora na Fórmula 1. Mesmo sempre com performances decentes e conquistando resultados, o alemão nunca quebrou a barreira do top-3 para subir ao pódio e, aos 32 anos na época, parecia que as portas haviam se fechado definitivamente. No entanto, a Haas abriu uma pequena brecha que Nico escancarou com um retorno impressionante à categoria. 

De volta ao posto de titular na F1 em 2023, após apenas algumas boas aparições pontuais como reserva pela Racing Point e Aston Martin entre 2020 e 2022, era difícil esperar algo muito especial de Hülkenberg. No entanto, a aposta da Haas se mostrou certeira e a equipe cresceu e saiu do fundo do poço muito graças ao piloto alemão.

Em 2023, no primeiro ano completo no grid desde 2019, Hülkenberg impressionou ao superar o companheiro de equipe, Kevin Magnussen, em pontos e performance. Mesmo assim, a equipe seguiu no fundo da classificação, com apenas 12 tentos somados e na última posição no Mundial de Construtores

Hülkenberg, sozinho, foi responsável por 9 destes pontos e terminou a campanha em 16º no Mundial de Pilotos. Além disso, se mostrou bastante consistente e confiável, ao abandonar apenas uma corrida em 2023. 

A Haas teve um bom 2024, e Hülkenberg é grande parte disso (Foto: Haas F1 Team)

Surpreendentemente, após demitir Günther Steiner, chefe da equipe desde a estreia na F1, em 2016, a Haas virou a página rapidamente e deu um largo passo em 2024 sob o comando de Ayao Komatsu. Hülkenberg começou a campanha forte ao pontuar em três das cinco primeiras corridas, superando a pontuação total de 2023 ainda em abril. 

E mesmo quando não pontuava, o alemão sempre esteve na briga, tendo terminado em 11º cinco vezes nas primeiras dez provas, além de três top-10. Os únicos grandes pontos fora da curva foram um 16º lugar no GP do Bahrein e um abandono em Mônaco, que veio em um raro acidente de Hülkenberg na largada com Sergio Pérez e o próprio companheiro de equipe. 

Com isso, o alemão demonstrou uma consistência invejável para as equipes do meio do pelotão, patamar que a Haas atingiu em 2024 depois de afundar no fundo do grid nos últimos anos da era Steiner. O melhor resultado de Hülkenberg foi o sexto lugar, que conquistou duas vezes seguidas, na Áustria e na Inglaterra.

Porém, o melhor momento veio na reta final da temporada, quando já havia provado seu valor na F1 e assinado um acordo com a Sauber para liderar a transição para a Audi, que será concretizada em 2026. Nas últimas sete corridas, cinco top-10 conquistados e um final de campeonato fidedigno ao que tem sido o retorno de Hülkenberg ao grid. 

Nico Hülkenberg superou as expectativas junto da Haas em retorno à F1 (Foto: Rodrigo Berton/Warm Up)

Ao todo, o alemão somou 41 pontos – enquanto Magnussen teve apenas 16 – e ficou na 11ª colocação do Mundial de Pilotos. Já a Haas terminou a temporada em sétimo lugar entre os Construtores, com 58 tentos. 

A campanha só não foi ainda melhor no papel por conta da incrível prova da Alpine no GP de São Paulo, com um pódio duplo que jogou a equipe para o sexto posto entre os construtores e Pierre Gasly para o top-10 da tabela dos pilotos. 

Ainda assim, com uma campanha de destaque em um time que se afundava no pelotão do fundo, Hülkenberg terminou 2024 em alta e se recolocou no mapa da Fórmula 1. Agora, assume um desafio similar, porém mais complexo. 

Na Sauber, mais uma vez, vai assumir o posto de líder experiente de uma equipe que se encontra disparadamente na última colocação. No entanto, o desafio se complica uma vez que irá comandar também um time novo que entra em 2026. 

Nico Hülkenberg no carro da Sauber em Abu Dhabi (Foto: Reprodução)

Ainda assim, com performances constantes e pontuações recorrentes, Hülkenberg se mostra mais do que capaz de colocar a Sauber mais próxima do meio do pelotão, liderar o projeto da Audi e ainda servir como mentor de Gabriel Bortoleto, que, futuramente, pode estar no lugar que o alemão ocupará em 2025. Nico sai de 2024, assim, retomando o status de um dos ótimos nomes do grid da F1.

A Fórmula 1 agora está oficialmente de férias e dá adeus a 2024. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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