Após reunião de 4 horas em Jedá, pilotos decidem correr GP da Arábia Saudita
Foram quase 4 horas em uma reunião de pilotos e, depois, chefes de equipe e dirigentes da categoria que invadiu a madrugada saudita, mas que, no fim, não serviu para o mundo da Fórmula 1 mudar de posição. Assim, o GP da Arábia Saudita segue com a programação intacta, mesmo com os ataques que aconteceram nesta sexta-feira nas proximidades do circuito
Uma reunião entre os pilotos invadiu a madrugada deste sábado (26) na Arábia Saudita, mas não mudou a decisão final: haverá GP em Jedá de Fórmula 1 normalmente. A confirmação veio perto das 3h locais (21h em Brasília), começando com as declarações de alguns chefes de equipe, como Zak Brown e Christian Horner, que foram enfáticos ao dizer que correriam.
Não houve, no entanto, um anúncio oficial da categoria ou um comunicado dos pilotos, que ficaram horas trancados em uma sala debatendo. Em sua conta no Twitter, Sergio Pérez se disse pronto para a classificação de sábado, enquanto Pierre Gasly disse à emissora francesa Canal+ que “todos puderam dar suas opiniões e estão alinhados em seguir com a programação”.
Tudo começou durante a disputa do primeiro treino livre, quando uma explosão atingiu uma propriedade da Aramco, petrolífera saudita e uma das principais patrocinadoras da Fórmula 1. Não foi uma explosão qualquer: o fogo e a fumaça foram vistos a poucos quilômetros do circuito. Mas as atividades continuaram normalmente. A classificação da Fórmula 2 e, em seguida, a segunda sessão da F1 – que atrasou devido uma reunião entreos chefes de equipe, pilotos e promotores.
Pouco depois, descobriu-se que a instalação foi alvo do grupo Houthi, da etnia xiita, que disputa o controle político do Iêmen, apoiados por forças do Irã. Do outro lado, uma coalizão sunita fortalecida por Arábia Saudita — daí o motivo do ataque — e Emirados Árabes Unidos tenta impedir que os rebeldes tomem o controle. O conflito acontece desde 2014.
Tão logo as ações na pista acabaram, a Fórmula 1 se reuniu no paddock de Jedá com autoridades da Arábia Saudita, além também do presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed Ben Sulayem. Na saída do encontro, Domenicali confirmou que a etapa saudita seguiria normalmente. “Pessoalmente, eu me sinto absolutamente seguro”, garantiu o dirigente.
“Se não fosse assim, eu não estaria aqui”, disse o chefão da F1.
Além disso, a Federação de Automobilismo da Arábia Saudita divulgou um comunicado em que admite os ataques próximos ao circuito, mas reafirma que a programação do final de semana será mantida normalmente. “Estamos cientes do ataque na estação de distribuição da Aramco em Jedá no início desta tarde e seguimos em contato direto com as autoridades de segurança sauditas, assim como a Fórmula 1 e a FIA para garantir toda a segurança necessária e que as medidas de segurança continuem a ser implementadas para garantir a integridade de todos os visitantes do GP da Arábia Saudita de F1, assim como os pilotos, equipes e acionistas”, afirmo o comunicado.
Logo depois, porém, os pilotos se juntaram para debater a decisão da Fórmula 1. Foram longas horas de conversa, quase quatro, para sermos mais precisos. Em determinado momento, os diretores Domenicali e Ross Brawn entraram na discussão, mas um entendimento parecia distante. Por fim, os chefes das equipes foram chamados também. Depois de longo debate, a prova acabou mantida, com os pilotos finalmente deixando o circuito por volta das 3h locais.
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No sábado, o terceiro treino livre está marcado para as 11h (horário de Brasília). A classificação começa às 14h. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do GP da Arábia Saudita AO VIVO e EM TEMPO REAL.
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