Ricciardo e Hülkenberg concordam que “não há evidência” de Renault em vantagem contra rivais medianas

A Renault, mais poderosa que rivais diretas na Fórmula 1, surgiu como favorita inicial ao posto simbólico de quarta força do grid, atrás apenas de Mercedes, Ferrari e Red Bull. A dupla da equipe, todavia, ainda não vê a vantagem como algo claro

A Renault fechou 2018 como a grande força do pelotão intermediário. Enquanto rivais viviam uma temporada de altos e baixos, os franceses conseguiram usar a constância para levar a condição de quarta força da Fórmula 1. Em 2019, o cenário parece mudar um pouco: muito por conta da imprevisibilidade do grid, a dupla Daniel Ricciardo e Nico Hülkenberg ainda não coloca a mão no fogo quando o assunto é vantagem do carros francês sobre os dos adversários.
 
No caso do australiano, a explicação é simples: os tempos da pré-temporada são próximos. Nesse cenário, só um treino classificatório com condições iguais parece trazer respostas às perguntas sobre desempenho.
 
“Meu chute é tão bom quanto o seu”, disse Ricciardo, questionado sobre o desempenho dos carros em entrevista coletiva acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO. “Nós sabemos que vai ser apertado [no pelotão intermediário], mas eu assumo que as equipes do top-3 ainda tem alguma margem sobre as outras. Eu não sei. Você olha para o tempo do Sainz, mesmo com o pneu mais macios… A questão é que não estamos todos na pista ao mesmo tempo, com o mesmo combustível, as mesmas condições. Andar às 10h pode ser completamente diferente de andar às 11h. Realisticamente, não saberemos antes da classificação em Melbourne. Só vou dizer que esse grupo intermediário parece apertado. Todo mundo consegue fazer tempo de 1min17s, então está apertado. É bom para vocês, eu imagino, mas eu quero me afastar disso”, seguiu.
A Renault segue sendo a grande força do pelotão mediano? (Foto: Renault)

Em termos de voltas rápidas, a Renault está atrás da McLaren, que fez o melhor tempo da pré-temporada com Carlos Sainz Jr. O espanhol tomou a condição justamente das mãos de Hülkenberg, que havia somado voltas com o C5, pneu mais macio de todos, na sexta-feira.

 
“Eu gosto de pensar que estamos na frente, mas não temos ainda evidências claras de que estamos”, ressaltou Ricciardo. “Óbvio que nosso objetivo principal é ser quarto colocado ou melhor. A diferença para as equipes de ponta é grande e isso [briga por posição] não vai acontecer do dia para a noite. Eu conversei com o Nico [Hülkenberg] para entender como as coisas funcionam e ele me disse que grandes atualizações não vinham tão rapidamente quanto se gostaria. A gente precisa ver o que o carro precisa, mas ver também como fazer isso”, continuou.
 
Hülkenberg, apesar de adotar discurso semelhante ao de Ricciardo, abre mão da preocupação com o desempenho alheio. Mais do que saber sobre o desempenho do R.S.19 agora, o alemão quer que a equipe francesa seja capaz de manter tudo “sob controle”.
 
“Não estamos preocupados. Sabemos que a concorrência está ao nosso redor e que é apertado”, apontou, em coletiva acompanhada pelo GP. “Eu acho engraçado que todo ano dizem que o pelotão intermediário está mais apertado do que nunca. Sempre está apertado, sempre está competitivo. Passei quase minha carreira inteira no pelotão intermediário, então eu conheço bem. A gente só precisa manter tudo sob controle, atualizar bem o carro… Mas é verdade, a Alfa Romeo parece forte, a Haas, a Racing Point… São boas equipes. O fato de a gente ter sido melhor ano passado não significa que somos melhores agora”, encerrou.
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