Ricciardo entende frustração da Red Bull por falta de resultados, mas duvida que ameaça de sair da F1 seja real

Daniel Ricciardo admitiu que ouviu sobre as especulações que apontam para uma eventual saída da Red Bull da F1, mas afirmou que não vê uma ameaça real da equipe austríaca. O piloto disse ainda que entende as frustrações dos chefes e do dono da marca

Daniel Ricciardo reconheceu que realmente há dúvidas e que ouviu especulações sobre a possibilidade de a Red Bull deixar a F1 nos próximos anos, mas duvida de que as ameaças sejam reais. A esquadra de Dietrich Mateschitz atravessa um momento de poucos resultados, depois de anos de domínio.

Em 2015, o time aparece apenas na quarta posição, com 23 pontos, 136 a menos que a líder Mercedes, após quatro corridas na atual temporada. Mas não é de hoje que os energéticos estão em desacordo com as regras vigentes na F1. Desde o ano passado, quando o motor V6 turbo híbrido foi adotado a equipe não consegue apresentar o mesmo nível técnico de campeonatos anteriores e pede constantemente por mudanças.

Daniel Ricciardo não vê Red Bull saindo da F1 (Foto: Getty Images)

Nos últimos meses, a Red Bull, por meio de seus principais dirigentes, chegou a falar em se retirar do esporte por conta do regulamento e pela consequente falta de resultados expressivos. Porém, de acordo com a revista 'Forbes', o time está financeiramente comprometido com o Mundial até 2020, mesmo que Bernie Ecclestone, o chefão da F1, entenda que é possível a equipe deixar o grid antes disso. "Não há nada que podemos fazer", disse.

E Ricciardo, o mais experiente dos pilotos da esquadra chefiada por Christian Horner e Helmut Marko, admitiu que ouviu rumores sobre a chance de a Red Bull realmente desistir da F1, mas vê com cautela possíveis ações da cúpula da equipe. "Quando eu ouvi sobre isso e também sobre as frustrações de Mateschitz, eu entendi completamente, porque ele não está neste esporte para fazer número", afirmou o piloto ao jornal australiano 'Brisbane Times'.

"Se nós como pilotos já estamos frustrados, eu tenho certeza de que ele está também ou ainda mais que nós, porque é a sua marca que está em jogo, seu dinheiro, sua imagem. Se essas ameaças de deixar a F1 são reais ou vieram diretamente dele, eu não sei. Mas eu ouvi ameaças. É difícil não ouvi-las", completou Daniel, que ganhou três corridas na temporada passada.

A Red Bull já reconheceu que não será capaz de disputar o título deste ano e não apenas por causa do desempenho do RB11. "Não é o melhor momento. Não é como gostaria, mas é o que temos agora. É mais difícil quando você não está lutando lá na frente, mas temos de nos manter ao menos um pouco esperançosos", falou Ricciardo.

NA TRILHA DA RIVAL

Sebastian Vettel afirmou que ainda vai levar algum tempo para que a Ferrari de fato consiga brigar de igual para igual com a Mercedes, apesar do impressionante início de temporada da equipe italiana em 2015 na F1. Apesar da competitiva temporada, Seb se disse consciente de que alcançar os atuais campeões no restante do ano não será uma tarefa das mais fáceis. "Estamos tentando incomodar a Mercedes e precisamos ficar sempre por perto, para atacar se algo der errado com eles"

VAI REAGIR

Passadas as primeiras quatro corridas da temporada 2015 do Mundial de F1, o cenário dentro da Mercedes é amplamente favorável a Lewis Hamilton contra Nico Rosberg. O atual campeão do mundo venceu três corridas (Austrália, China e Bahrein) e soma 93 pontos. O alemão, por sua vez, tem como melhores resultados dois segundos lugares (Melbourne e Xangai) e, apesar de ser o vice-líder do campeonato, está bem atrás do companheiro de equipe, com 66 pontos. A grande diferença entre Lewis e Nico, no entanto, não mexe com Toto Wolff. O chefe de equipe da Mercedes acredita que Rosberg poderá virar o jogo e se tornar efetivamente um postulante ao título 

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