Rich Energy culpa “indivíduo desonesto” por post e confirma patrocínio a Haas

A Rich Energy segue ao lado da Haas, no fim das contas. Um comunicado da marca de energéticos culpou uma única pessoa por post no Twitter que anunciava o fim do patrocínio à Haas. A nova postura oficial da empresa é de apoio aos americanos

A saída da Rich Energy da Fórmula 1 não durou nem 24 horas. Nesta quinta-feira (11), um dia após chocar ao anunciar que estava encerrando com efeito imediato o contrato de patrocínio com a Haas, a marca de energéticos voltou atrás e reafirmou a intenção de cumprir o acordo vigente.
 
De acordo com a Rich Energy, o tuíte anunciando o término da relação com a Haas foi culpa da ação de “um indivíduo”, sem representar um posicionamento oficial. Dessa forma, a empresa também se compromete a “remover o indivíduo de todas as responsabilidades executivas”.
 
A nova postura da Rich Energy vai de acordo com o dito pela Haas nas primeiras horas do dia – a equipe americana afirmou que o acordo ainda era válido, com a marca de energéticos ainda atuando como patrocinadora-máster. 
Kevin Magnussen (Foto: Haas)

Uma reportagem do site ‘Motorsport.com’ indicou também um ‘racha’ interno na companhia: os investidores são em sua maioria favoráveis à continuidade da relação com a Haas, enquanto uma minoria – incluindo o diretor-executivo William Storey – é favorável ao rompimento. Os investidores saíram vencedores, ao menos por enquanto.

A passagem da Rich Energy pela Fórmula 1 é cercada de controvérsia desde o começo. A marca de energéticos quis comprar a Force India durante o processo de falência, não conseguindo e usando as redes sociais para fazer críticas abertas à escolha dos novos donos – Lawrence Stroll, comandando um grupo de empresários. 
 
A nova investida foi através da Haas. A marca de energético foi anunciada como patrocinador-máster em novembro de 2018. O investimento alto significava que o carro ia ser pintado de preto e dourado, substituindo os tons de cinza utilizado em anos anteriores.

2019 começou tranquilo para a parceria, mas tudo tomou um rumo negativo nos últimos meses. A Rich Energy foi acusada de plagiar o logo da Whyte Bikes, montadora britânica de bicicletas. O processo judicial trouxe derrota para a marca de energéticos, que foi ordenada judicialmente a parar de exibir as marcas plagiadas a partir de 18 de julho.

Na última semana, em novo julgamento envolvendo os direitos na briga com a Whyte Bikes, a Suprema Corte Britânica forçou a marca de energéticos a divulgar suas finanças, revelando detalhes do acerto com a Haas e também dos lucros obtidos pela parceria.
 
Além disso, como resultado da sessão que aconteceu pouco depois do GP da Áustria, teve de pagar à empresa ATB, responsável pela Whyte Bikes, uma multa no valor de £ 35,416 – aproximadamente R$ 167 mil. 

Confira a íntegra do comunicado da Rich Energy

Acreditamos sinceramente na Haas, no seu desempenho e organização como um todo. Estamos totalmente comprometidos com o atual contrato de patrocínio. Também acreditamos completamente no produto Fórmula 1 e na plataforma que a marca nos oferece. Claramente, as ações desonestas de um indivíduo causaram grande constrangimento. Estamos no processo de remover legalmente esse indivíduo de todas as responsabilidades executivas. Eles podem falar por si mesmos, mas seus pontos de vista não são o da empresa. Queremos ainda confirmar o nosso compromisso com a Haas, a F1 e agradecer à Haas pelo apoio e paciência, enquanto essa questão é tratada internamente
 

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