Grosjean se põe ao lado de Hamilton e diz que aliança “não fez diferença” no Bahrein

Romain Grosjean ficou em meio às chamas no Bahrein em 2020, mas afirmou que o acidente não teria sido menos grave se estivesse sem aliança

Na queda de braço FIA (Federação Internacional de Automobilismo) x Lewis Hamilton quanto à proibição ao uso de joias e piercings durante as corridas, o acidente sofrido por Romain Grosjean no Bahrein em 2020 tem sido usado como argumento para comprovar a necessidade de os pilotos estarem dentro das normas. Só que o próprio francês afirmou que não faria diferença nenhuma não estar de aliança no momento em que se viu em meio às chamas no circuito de Sakhir.

Grosjean defendia a Haas na época e ficou preso por 28s no carro em chamas após bater contra a barreira de proteção na curva 3 do circuito bareinita. O piloto sofreu queimaduras nas duas mãos.

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Grosjean teve queimaduras sérias, mas o piloto defendeu o uso da sua aliança de casamento (Foto; Reprodução/Twitter)

“Com toda a justiça, eu realmente não olhei muito para isso”, disse o piloto ao ser questionado sobre a polêmica, que cresceu ainda mais depois de Hamilton ir para a coletiva de sexta-feira, em Miami, coberto de cordões, anéis e relógios em forma de protesto. “Usei minha aliança de casamento durante toda a minha carreira, meu relógio.”

“[Estar sem] a aliança não faria diferença. Onde meu anel estava, eu estava protegido. Estava protegido por minha esposa. Salvo pelos meus filhos. Compreendo um pouco tudo isso, mas não gostaria de correr sem minha aliança, que é muito importante para mim”, salientou o piloto.

Do lado da FIA, o diretor de prova da F1, Niels Wittich, explicou que uso de joias “pode reduzir a proteção oferecida por roupas à prova de chamas”, pois “objetos metálicos, como joias, em contato com a pele podem reduzir a proteção da transmissão de calor e, assim, aumentar o risco de queimaduras na pele em caso de incêndio”.

Ele disse ainda que o uso de tais acessórios pode “impedir intervenções médicas” devido ao risco de enroscar no capacete, na balaclava ou no macacão. “Em caso de necessidade de imagens médicas para informar o diagnóstico após um acidente, a presença de joias no corpo pode causar complicações e atrasos significativos”, acrescentou Wittich.

“Na pior das hipóteses, a presença de joias durante exames de imagem pode causar mais danos. Joias dentro e/ou ao redor das vias aéreas podem representar riscos adicionais específicos caso se desalojem durante um acidente e também sejam ingeridas ou inaladas”, completou.

As roupas íntimas dos pilotos também estão no radar da entidade que comanda o esporte, sob o mesmo argumento de serem em tecido antichamas para garantir a total segurança dos pilotos em acidentes. Nesse caso, coube a Sebastian Vettel o protesto, colocando a cueca por cima do macacão e desfilando pelo paddock na sexta antes dos treinos livres.

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