Russell faz oposição a grid invertido na F1: “Eles nos comeriam vivos”

O grid invertido colocaria a Williams nas primeiras filas, mas não resolveria a enorme disparidade de rendimento para equipes de ponta. George Russell, assim, desaprova proposta

George Russell é um dos que seriam teoricamente beneficiados por um grid invertido na Fórmula 1. Quase sempre no fundão do grid com uma Williams deficitária, o britânico se veriam subitamente em uma das primeiras filas no grid de largada. Só que isso não seria necessariamente algo bom: Russell não quer uma corrida em que seja frequentemente ultrapassado por rivais mais rápidos, sem muita chance de defesa.

“O fato é que nós estamos no carro mais lento do grid, ou um dos mais lentos, e nós simplesmente seríamos comidos vivos”, disse Russell, ainda em Mugello. “A gente se defenderia feito loucos dos carros mais rápidos atrás de nós. Só que, como piloto, você vai parecer meio estúpido por, no fim das contas, brigar contra caras com carros muito, muito mais rápidos, que conseguem frear 10 metros mais tarde numa curva e que podem mergulhar de longe”, seguiu.

A proposta de grid invertido ganhou força após duas corridas intensas da F1 na Itália. Principalmente em Monza, quando o pelotão intermediário foi beneficiado e finalmente teve a chance de brilhar. Russell nem pontuou, mas Pierre Gasly fez história ao vencer pela AlphaTauri.

Largar na frente não impediria a Williams de terminar lá atrás (Foto: Williams)

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Russell pondera que os pilotos que mais se divertiriam com o grid invertido são justamente os que mais fazem oposição: os de ponta. Não seria difícil uma Mercedes ultrapassar uma Williams, por exemplo.

“Se eu estivesse em um dos carros de ponta, eu realmente gostaria disso. A gente ia parecer heróis, mergulhando de muito longe simplesmente por estar em carros mais rápidos. Só que para a imagem minha e do Nicholas [Latifi], assim como da Haas e da Alfa Romeo, é impossível correr contra gente muito mais rápida”, destacou.

A F1 já tentou aplicar o grid invertido em 2020, mas a ideia encontrou forte resistência. A proposta não caiu no gosto nem mesmo do presidente da FIA, Jean Todt, mas segue uma possibilidade para 2021.

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