Sainz freia expectativas sobre pódio da McLaren em 2020: “Objetivo distante”
Carlos Sainz se mostra pra lá de feliz com a fase ascendente da McLaren em 2019. Entretanto, o espanhol ainda é muito pé no chão sobre o que a equipe de Woking pode fazer na próxima temporada. Chegar ao pódio? O piloto espera estar pelo menos um pouco mais próximo do ‘trio de ferro’ da F1
A McLaren vive um 2019 muito diferente e melhor do que foram os últimos anos. Bem distante do ar pesado e tenso por conta da pressão por resultados, imposta principalmente por Fernando Alonso, o momento é de leveza, harmonia e risos com Carlos Sainz e Lando Norris na pilotagem dos carros e Andreas Seidl, que caiu como uma luva, diga-se, no comando da equipe. Contudo, o espanhol, um dos destaques da temporada, não crê que vai ter condições realísticas de levantar uma taça no ano que vem.
Em todos os comparativos de performance, é fácil notar o quanto a McLaren evoluiu de forma significativa nesta temporada. Com 121 pontos somados e ainda duas corridas por disputar, a escuderia de Woking volta à pontuação centenária, o que não acontecia desde 2014.
Carlos Sainz é bem 'pés no chão' sobre as chances de a McLaren ir ao pódio em 2020 (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
E caso confirme as expectativas e termine 2019 como a quarta colocada no Mundial de Construtores, então a McLaren vai conquistar seu melhor resultado em um ano desde 2012, o último de Lewis Hamilton pela equipe. No fim das contas, aquele ano serve mesmo como uma espécie de divisor de águas. Quase tudo o que aconteceu desde então deu errado para a icônica escuderia britânica.
O último pódio, por exemplo, já tem quase seis anos — o GP da Austrália de 2014. Desde então, a McLaren mergulhou em uma espiral negativa e enfileirou resultados ruins na esteira do calvário vivido nos tempos de motores Honda.
Mas a ascensão em 2019 pode representar um reencontro da McLaren com a festa do champanhe na próxima temporada? Perguntado pela GRANDE PRÊMIO nesta quinta-feira de entrevistas coletivas em Interlagos, Sainz adotou um discurso bastante cauteloso.
“Acho que pódio, para o ano que vem, segue sendo um objetivo distante. Gostaria que a equipe se colocasse em uma posição na qual, quando os carros da frente têm problemas, aproveitasse a oportunidade. Neste momento, quando os da frente têm algum problema, eles ainda nos ultrapassam na volta 40 e abrem 30s”, explicou.
“Então ir ao pódio ainda é complicado”, reconheceu o espanhol, um dos grandes destaques da temporada.
Mas a fala de Sainz não significa descrédito sobre o trabalho da McLaren, onde vive o melhor momento da carreira. “Acredito que somos uma equipe que pode se aproximar mais no ano que vem, então vamos ver o que conseguimos fazer”, concluiu.
O GRANDE PRÊMIO cobre in loco o GP do Brasil com os jornalistas Evelyn Guimarães, Felipe Noronha, Fernando Silva, Flavio Gomes, Gabriel Carvalho, Gabriel Curty e Pedro Henrique Marum, e o fotógrafo Rodrigo Berton. Acompanhe todo o noticiário aqui e tudo dos bastidores e das atividades em pista AO VIVO e em TEMPO REAL.
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