Sainz pede “mudanças imediatas” na F1 e vê MotoGP e Indy como “ótimos exemplos de competitividade”

Carlos Sainz Jr falou sobre a atual falta de competitividade da Fórmula 1. O espanhol ressaltou como chega a ser desanimador não poder brigar por melhores posições, e usou a MotoGP como exemplo de categoria competitiva

Carlos Sainz decidiu comentar sobre a falta de competitividade que a Fórmula 1 tem apresentado nos últimos anos. O espanhol afirmou que a categoria precisa mudar a tendência, e usou as boas brigas da MotoGP como exemplo.
 
A principal categoria do automobilismo mundial tem visto cada vez mais o pelotão dividido entre F1 A, com Mercedes, Ferrari e Red Bull – que conseguiram todas as vitórias desde 2013, e F1, com McLaren, Haas, Toro Rosso, Racing Point, Renault, Alfa Romeo e Williams.
 
No Canadá, o #55 afirmou que às vezes chega a ser desanimador como é difícil brigar por melhores posições, enquanto competidores que tentam a sorte em outras categorias, como Marcus Ericsson na Indy, já chegam competitivos.
 
“Você vê antigos pilotos como Marcus indo para diferentes categorias e imediatamente achando o ritmo, e potencialmente vencendo corridas ou estando no pódio – aí você se vê na F1 e está preso em sétimo”, afirmou.
Sainz usa a MotoGP como exemplo de categoria competitiva (Foto: Michelin)

“É algo que ainda não me cansei, já que é apenas minha quinta temporada, mas se pensar sobre [Sergio] Pérez, [Nico], Hulkenberg, eles estiveram aqui por muitas corridas e é algo que realmente sofro para sentir que é sustentável”, seguiu.
 

“Precisa de mudanças imediatas e precisa de um refinamento imediato na Fórmula 1 para mudar essa tendência. Não é algo que pilotos no pelotão intermediário vão esperar aqui para sempre para terminar todas as corridas em sétimo. Definitivamente é algo que precisa ser abordado e espero que em 2021 eles façam isso acontecer”, completou.
 
Com a F1 passando por mudanças de regulamento em 2021, Sainz apontou a MotoGP como um bom exemplo a ser seguido. O Mundial de Motovelocidade, a partir de 2016, passou a congelar os motores, o que tornou as brigas mais iguais.
 
“Conheço Carmelo Ezpeleta [CEO] da MotoGP muito bem. Conversei com ele muitas vezes sobre o que tem feito e como as fábricas reagiram com o enrijecimento das regras com o ECU. Acredito que o principal feedback foi que, de primeira, estavam obviamente céticos, mas agora estão mais felizes do que nunca já que brigam contra mais pessoas”, apontou.
 
“Torna a marca mais forte, já que brigam com mais marcas, então Honda e [Marc] Márquez estão mais do que felizes. É um ótimo exemplo e é algo que gostaria de ver no futuro da Formula 1. São categorias diferentes, definitivamente, mas espero que no futuro nós vamos em direção a algo mais dependente do piloto e não dá máquina”, encerrou.
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