Sainz revela que teve ajuda de astro do triatlo para melhorar condicionamento físico e perder peso a pedido da Toro Rosso

A temporada 2015, a primeira da carreira de Carlos Sainz Jr na F1, terminou no final de novembro. Desde então, o piloto espanhol passou um tempo grande trabalhando em sua parte física. A menos de um mês de voltar às pistas para a pré-temporada de Barcelona, Sainz contou que está bem mais magro a pedido da Toro Rosso.

 

Sainz contou, em entrevista ao jornal espanhol 'Marca', que passou os últimos meses trabalhando com um novo preparador físico, Rupert Manwaring, e com o vice-campeão das últimas duas temporadas do Mundial de Triatlo, o compatriota Mario Mola.

 

"Um craque. Você aprende sem que ele te dê conselhos. Você olha, vê como ele come, como corre, como nada, um luxo", elogiou.

 

Segundo Sainz, o trabalho que fez foi para perder peso e mesmo assim trabalhar no aumento de força. Perguntado o quanto perdeu de peso, o espanhol, que tem 1,78m de altura e pesava 66kg durante a temporada passada, disse que "muito". E não vê a hora de poder colocar isso tudo em prática num carro de F1. "Só posso andar de kart, estou impaciente". A Toro Rosso está ainda "arrematando" os trabalhos.

Enquanto o jovem piloto se preparava para a sequência da carreira da F1, o pai dele, Carlos Sainz, lutava pelo título do Dakar. E embora tenha liderado durante um dia, acabou fora da briga por problemas no carro da Peugeot. Não é todo mundo, assim como Sainz Jr, que chega à F1 tendo um pai que é considerado um dos grandes pilotos de sua geração. E ele garante que aproveita isso.

 

"Não abro mão dos conselhos do meu pai. Para coisas complexas, dizer algo a um engenheiro sem criar conflito, por exemplo, ele sabe muito", elogiou.

 

Mas fora o automobilismo, a vida do piloto é parada. Sainz mora no oeste de Londres, próximo ao maior aeroporto da cidade, o Heathrow, e o estádio do Chelsea, o Stamford Bridge. Segundo ele próprio conta, praticamente só sai de casa para ir ao simulador em Milton Keynes, cerca de 110 km distante, ou para eventos oficiais. Ele admite que vive uma vida "solitária" e nem costuma ser reconhecido nas ruas.

 

"É uma vida solitária, para ser honesto. Não sou um estudante vivendo num campus e nem tenho tempo para fazer amigos numa cidade grande, que dirá sair à noite. É impossível, e nós, espanhóis, somos muito de família e amigos", contou.

 

"Uso o metrô, o Uber. Só ali que me reconhecem, salvo algum taxista fã de automobilismo. Mas não saio muito, nada de pubs nem nada disso", falou.

Mesmo assim, ainda disse preferir essa vida à que vivia alguns anos atrás, já piloto de desenvolvimento da Red Bull, quando morava em Milton Keynes, onde está a fábrica da marca dos energéticos. Cidade industrial, extremamente parada fora do horário comercial, quase levou o espanhol à loucura.

 

"De qualquer jeito, é melhor que quando eu morei sozinho em Milton Keynes quando tinha 18 anos. Não desejo aquilo a ninguém – não tinha nada", encerrou.

 

A primeira temporada de Sainz Jr na F1 foi promissora, apesar da distância para o companheiro Max Verstappen na classificação final do campeonato. Perdeu muitos pontos frutos de problemas com o carro, com o qual até o chefe Franz Tost admite, deu bastante azar.

 

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