Satisfeito com ambiente, Magnussen aponta ausência de “cultura de culpa” como ponto forte da Haas

Kevin Magnussen está feliz na Haas. O piloto dinamarquês sabe que falta um pouco de experiência para a ainda jovem Haas, mas é algo compensado em eficiência e no tratamento pessoal

Kevin Magnussen teve o contrato renovado meses atrás e segue para o terceiro ano dele na Haas. O dinamarquês viveu um 2018 de rendimento acima do esperado, sobretudo na primeira metade do ano. A Haas, ele ainda destaca, é uma equipe em formação, a caçula da F1 por uma distância enorme. O bom para esse processo é que não existe o que chamou de "cultura de culpa".
 
Após passar a temporada lutando com a Renault, com fábrica e número de funcionários muito superior, a Haas finalizou com o quinto lugar do Mundial de Construtores. Magnussen coloca o feito na conta da construção de uma cultura de continuidade e de pouco ego.
 
"Faz que sejamos muito focados. É mais fácil focar na pista quando há poucos departamentos na equipe, em contraste com ter tudo no mesmo lugar e tudo mundo está tentando tirar mais da sua parte [que das outras]", disse ao site norte-americano 'Motorsport.com'.
 
"Às vezes você tem brigas entre departamentos por atenção, cada um achando que seu departamento é mais importante. Desta forma [que a Haas faz] é apenas formar um pacote e tirar o máximo dele. Você projeta o resto e vai correr. É muito simples e mais direto, além de mais fácil", seguiu.
Kevin Magnussen (Foto: Haas)

Magnussen admite que falta um tanto de experiência na Haas, mas há eficiência.

 
"Acredito que, como grupo, trabalhamos melhor. Em questão de operação também. Na pista, fazemos melhor as coisas, pequenas coisas, como saber quando o clima muda em cima da hora na classificação. Eles mudam rapidamente a refrigeração no carro para tirar mais eficiência. A equipe é mais eficiente em termos de experiência que nós ganhamos operando o ajuste do carro. Ainda não sabemos tanto dos pneus, mas estamos melhorando nisso", afirmou. 
 
"É fácil esquecer que estamos apenas em nosso terceiro [quarto, na verdade] ano na F1, e acho estamos trabalhando de maneira eficiente. Às vezes nossa inexperiência ainda atrasa as coisas", apontou. 
 
Por fim, a falta de uma cultura de culpa, que Kevin diz já ter vivido em outras equipes – ele guiou por Renault e McLaren anteriormente -, faz com que seja um ambiente positivo e propositivo. 
Kevin Magnussen (Foto: Haas)

"Definitivamente é uma atmosfera melhor que em qualquer outro lugar por onde já passei, porque o desempenho é bom. Estou satisfeito com minha carreira. Tenho segurança em termos de futuro, e a equipe tem compromisso comigo. Sinto que confiam em mim e sou valioso, então isso é muito bom. Quando você gosta do que faz, melhora. Quando você se diverte, é muito mais fácil e você se dá melhor. Pelo menos é assim comigo", contou.

 
"Tive momentos na F1 em que não esteve me divertindo e a gente começa a apontar o dedo e um acusar o outro. É muito fácil culpar o piloto, e aí te demitem. Onde estamos agora, não há essa coisa de um culpar o outro – a não ser que seja necessário. Nós sentamos juntos e conversamos todos – aí, sim, apontamos quem errou onde. É uma forma construtiva de melhorar uma equipe, mas não é de forma alguma uma cultura de culpa", encerrou. 
 
Além de Magnussen, a Haas manteve também Romain Grosjean para a temporada 2019.
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