Schumacher admite que desligou motor na largada e lamenta fim de semana difícil da Mercedes

Apesar de toda a sua experiência, Michael Schumacher se enrolou todo quando a primeira tentativa de largada do GP da Hungria foi abortada. O alemão, preocupado com a temperatura de seu motor, desligou-o, e precisou partir dos boxes. Mais tarde, ele viria a abandonar enquanto ocupava a 18ª posição

Fazia tempo que uma largada não era abortada na F1. Não à toa, todos ficaram confusos quando as luzes amarelas e depois as verdes se acenderam neste domingo (29), no Hungaroring, e os carros só começaram a se mover quando Charlie Whiting, o diretor de prova, gesticulou no pit-wall para que os pilotos o fizessem. Menos Michael Schumacher, que desligou seu motor e perdeu a 17ª posição no grid, precisando largar dos boxes.

“As luzes amarelas se acenderam e a temperatura do motor estava muito alta. Decidi desligar o motor, pois estávamos esperando muito”, explicou o alemão após a corrida. No momento, ele esqueceu de que uma nova volta de aquecimento seria completada para que o grid novamente fosse formado e a largada enfim acontecesse.

Michael Schumacher teve um fim de semana para esquecer na Hungria (Foto: Mercedes)

Mas o fim de azar de Schumacher estava longe de terminar. O heptacampeão teve seu carro recolhido para os boxes e de lá largou. Rapidamente, ele precisou retornar aos pits. “Tive um furo no pneu”, justificou. “Não sei como aconteceu, pois, obviamente, não houve nenhum toque. Eu estava sozinho comigo mesmo”, lembrou o piloto, solitário durante boa parte do GP da Hungria.

Como se isso não bastasse, ele desrespeitou o limite de velocidade nos boxes. “Então, tivemos de cumprir um drive-through, talvez porque o limitador ou alguma outra coisa não trabalhou corretamente”. Ali, a prova se decidia para ele: “Eu estava apenas tentando continuar na pista para ver se algo inesperado acontecia e pudéssemos nos beneficiar disso”.

Nada aconteceu, porém. A 11 voltas do fim, o GP da Hungria acabou oficialmente para o alemão. “Com a alta temperatura, a temperatura do motor subiu e tivemos alguns problemas com a telemetria, então decidimos parar o carro”, relatou Schumacher, que era o 18º no momento em que recolheu para a garagem.

As dificuldades da Mercedes não se restringiram a Schumacher. Nico Rosberg pouco apareceu durante o fim de semana, largou apenas em 13º e conseguiu salvar um pontinho na Hungria, terminando em décimo. Antes de chegar a Budapeste, o time já admitia que dificilmente conquistaria bons resultados no leste europeu.

Nico Rosberg salvou um ponto e terminou em décimo na Hungria (Foto: Mercedes)

“Tivemos um fim de semana difícil aqui em Budapeste”, disse Rosberg. “Não fomos rápidos o suficiente. Na corrida, hoje, eu larguei bem e ganhei três posições. Tirei o máximo disso”, destacou o alemão.

Nico ironizou o resultado. “Ficar feliz com um ponto não é a situação ideal. Precisamos descobrir porque estamos fora do ritmo no momento. Espero que possamos fazer melhor em Spa, depois das férias, e vamos forçar para fazer os avanços necessários”, assegurou o vencedor do GP da China de 2012.

O sexto abandono em 11 corridas contribui para que Schumacher siga com o pior retrospecto de sua vitoriosa carreira. Ele é apenas o 12º colocado, com 29 pontos somados. Nico Rosberg é o sexto, com 77 pontos. Dentre os construtores, o time germânico é o quinto, com 106. A vitória no GP da Hungria ficou com o inglês Lewis Hamilton.

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