O heptacampeão mundial,
que sofreu um acidente no fim de 2013 ao esquiar na estação de Meribel, na França, e desde então vive com as sequelas que a queda causou em seu cérebro, deu entrada no hospital às 10h40 (horário local, 5 horas a mais que o de Brasília). O jornal detalha que Schumacher estava em uma ambulância registrada em Genebra, na Suíça, e a deixou em uma maca com uma coberta azul marinho que impedia o reconhecimento facial. Cerca de dez pessoas o acompanhavam, lideradas pelo professor Philippe Menasché, um importante cirurgião cardíaco de 69 anos e que foi pioneiro na terapia celular para tratar a insuficiência cardíaca. Ele também faz parte do Conselho de Administração do Instituto do Cérebro e Medula Espinhal em Paris.
Menasché tem realizado experimentos em pacientes com insuficiência cardíaca injetando nas veias um coquetel de secreções terapêuticas preparadas em laboratório a partir de células cardíacas jovens derivadas de células-tronco especiais. Le Parisien informou que Schumacher vai se beneficiar deste tratamento a partir desta terça e que o alemão deve deixar o hospital na quarta.
Ainda de acordo com o 'Le Parisien', Schumacher foi levado para o primeiro andar do hospital — onde esteve internado duas vezes —, onde há uma unidade de monitoramento contínuo do departamento de cirurgia cardiovascular. Também acompanha a comitiva Gérard Saillant, cirurgião de Schumacher.
Michael Schumacher viveu a fase mais vitoriosa de sua carreira na Ferrari (Foto: Ferrari)
O mistério após o acidente de 2013
O maior vencedor da F1 caiu enquanto esquiava, bateu a cabeça em uma pedra e teve lesões cerebrais sérias. A dimensão do trauma segue incerta, mesmo depois de tanto tempo. Isso porque a família o protege dos olhos da imprensa e do público, e poucas informações sobre o seu real estado de saúde são divulgadas.
Schumacher sofreu uma queda em 29 de dezembro de 2013, bateu a rosto com força em uma pedra e tevelesões cerebrais graves. Ficou desorientado em um primeiro momento, foi atendido pelo resgate e rapidamente transferido para Grénoble, depois de sofrer um colapso ainda no helicóptero.
A lenda da F1 sido reanimada pelos médicos, mas entrou em coma. Schumacher foi submetido a uma intervenção cirúrgica de emergência no mesmo dia, como forma de reduzir a pressão intracraniana e drenar os hematomas no cérebro – situação que já evidenciava a gravidade de sua condição física. Dois dias depois, voltou à sala de cirurgia.
Começava aí a luta pela vida. Michael havia sofrido um traumatismo craniano severo, além de hemorragias cerebrais consideráveis. E o tratamento ainda era incerto.
Michael Schumacher era um esquiador experiente (Foto: Reprodução)
Michael permaneceu internado no Centro Hospitalar Universitário na França por quase seis meses após o acidente. Em meados de junho de 2014, o ex-piloto foi transferido para o Hospital Universitário de Cantão de Vaud, na Suíça, para dar sequência ao seu processo de recuperação mais próximo da casa da família.
No início de setembro naquele mesmo ano, a assessoria de imprensa de Schumacher afirmou que o quadro do heptacampeão havia progredido a um ponto que o permitia ir para casa. Sabine ressaltou na época, entretanto, que a transferência não deveria ser entendida como uma “grande mudança em seu estado de saúde”.
E o único incidente, ainda mal explicado, foi o caso do roubo do prontuário médico de Schumacher do hospital em Grénoble. Em agosto de 2014, um homem, que trabalhava no esquadrão da Rega, empresa de ambulâncias aéreas, foi preso. A pessoa, que nunca teve a identidade revelada, era suspeita de ter roubado o relatório médico durante o processo de transferência do heptacampeão do hospital francês para a clínica na Suíça. As investigações começaram após a informação de que um homem pretendia vender a meios de comunicação na Alemanha e na Inglaterra o dossiê médico.
Depois de ser preso e interrogado, o homem foi encontrado morto na cela em que estava detido. O caso nunca foi totalmente esclarecido.
Sobre a recuperação do piloto, pouquíssimo se sabe, ou melhor, quase nada. Isso porque desde que Michael foi ser cuidado em casa as informações são desencontradas e as especulações só crescem. De concreto, apenas depoimentos de amigos que quase não detalham nada do que se passa com o alemão ou da assessora de longa data Sabine Kehm, que cada vez menos tem aparecido.
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