Vettel sugere que F1 invista lucro para tornar eventos sustentáveis: “Há muito a fazer”

Na tentativa de tornar o esporte menos prejudicial ao meio ambiente, Sebastian Vettel destacou o impacto ecológico causado pelo deslocamento de multidões e sugeriu plano à F1

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Enquanto a Fórmula 1 traça planos para os próximos anos com o objetivo de se tornar uma categoria mais amigável ao meio ambiente, Sebastian Vettel segue pensando em mudanças que diminuiriam o impacto ecológico causado pela logística de viagens e de deslocamento de público. Falando em um evento de eSports que tinha como objetivo promover a energia limpa e a mobilidade sem emissão de carbono, o alemão opinou que a F1 deveria reinvestir o lucro que tem com seus eventos para diminuir os impactos sobre a natureza.

“Qualquer tipo de evento que atrai uma grande multidão precisa viver com as responsabilidades que vêm atualmente”, argumentou Vettel no evento promovido pela World eX. “Obviamente, atraímos grandes multidões na Fórmula 1. Acho que o esporte ficou mais popular nos últimos anos com uma nova base de fãs, especialmente na América do Norte, tornando o esporte maior”, explicou.

“Mas com isso, são mais pessoas que precisam ir às pistas, que precisam ser gerenciadas quando estão no circuito”, prosseguiu. “Há muito a se fazer, assim como em outros eventos. Como as pessoas vão para o evento também, o transporte público não é um grande tópico em geral, mas sim como as pessoas vão e voltam dos eventos. Então, temos muitas coisas que podemos fazer”, salientou.

Com o objetivo de diminuir o impacto sobre o meio ambiente por arrastar multidões por onde passa, Vettel disse que os lucros dos eventos deveriam servir para torná-los ainda mais limpos. Além disso, o tetracampeão novamente pediu atenção com o deslocamento do público, que muitas vezes não é considerado quando se pensa na pegada ecológica deixada pela F1.

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Sebastian Vettel segue abordando pautas ecológicas em seu último ano na F1 (Foto: Aston Martin)

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“No fim, precisamos pegar uma parte do dinheiro que a Fórmula 1 faz e tentar reinvestir com os promotores, para lhes dar a chance de decidir por uma solução melhor, mais ecológica, mais limpa, quando se fala em gerenciar multidões e lidar com o evento”, afirmou.

“Não faz uma grande diferença se estamos pilotando carros, fazendo um concerto de música ou outras coisas, olhando para a multidão e a pegada [ecológica] que ela deixa”, ressaltou. “Mas é uma questão de relevância. E se não encontrarmos uma maneira de mudar e contribuir com o faro de que todo mundo se beneficia com o que fazemos por diversão — e a engenharia que vem com isso —, então acho que a questão vai surgir em breve: ‘qual é o ponto disso?'”, destacou.

Dentre as mudanças planejadas pela F1 para ser mais ‘verde’, estão o plano de adotar um combustível renovável a partir de 2026, quando entrarão em vigor as novas regras de motores, e de tornar os eventos sustentáveis até 2025, banindo o uso de plásticos descartáveis e promovendo a reutilização de recicláveis.

“Nós entendemos, porque amamos isso, somos entusiastas do automobilismo e você não precisa nos explicar isso”, continuou. “Mas se você olhar de longe e falar com uma multidão que não tem nada a ver com automobilismo, acho que essas questões vão surgir no futuro. Então, depende de nós estarmos uma volta à frente e não permitir que o enorme poder que temos nos vê uma volta”, comparou.

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