Sedento por mudanças, Button aprova proposta do Grupo de Estratégia de retorno do efeito solo à F1

Jenson Button se mostrou bastante favorável à ideia de readoção do sistema de efeito solo, que foi bastante usado na F1 entre o fim dos anos 70 e o início da década de 1980, aumentando o downforce dos carros e oferecendo um equilíbrio maior, sem que haja muita interferência da turbulência, como acontece nos dias de hoje

Uma das propostas levadas à mesa durante a última reunião do Grupo de Estratégia da F1, em junho, foi a da readoção do efeito solo. À época, a revista britânica ‘Autosport’ noticiou que o projeto foi apresentado pela Red Bull, que foi o time que mais perdeu terreno na categoria desde a mudança do regulamento em 2014, sobretudo pelo lado da aerodinâmica. Jenson Button, que se mostrou bastante ansioso e sedento por mudanças na F1, entende que a volta do efeito solo seria bastante positiva.

“É bom ver um monte de ideias novas para o futuro”, comemorou o campeão mundial de 2009, que revelou o desejo que tais mudanças fossem adotadas já para o ano que vem e não para 2017, como consta na proposta do Grupo de Estratégia.

Os carros do fim dos anos 70 e começo da década de 1980 eram dotados de efeito solo (Foto: Divulgação)

“Gostaria que elas fossem colocadas em prática já no ano que vem ao invés de 2017. Gosto da ideia de tornar os carros mais leves. Eles se tornariam mais ágeis, menos ‘preguiçosos’, e ter mais aderência mecânica é sempre bom para a corrida, porque isso não prejudica nas ultrapassagens”, comentou.

“E se você seguir no trabalho com o downforce que deve vir do chão ao invés das asas, isso vai fazer com que você possa correr mais próximo dos outros carros e não enfrentar turbulência das asas do carro que você está seguindo”, concluiu o piloto da McLaren.

Na configuração atual, os carros produzem downforce por meio de um pequeno difusor traseiro, da asa traseira e das asas dianteiras, extremamente complexas. A proposta visa, no fim das contas, aumentar o nível de downforce dos carros, mas reduzir a perda de performance aerodinâmica na turbulência, quando um carro segue o outro de perto.

A proposta pela adoção do efeito solo seguiria um pouco o que é adotado pela GP2 nos dias de hoje, aumentando o downforce, mas também oferecendo um desempenho aerodinâmico mais equilibrado em dianteira e traseira do carro, tornando mais fáceis as manobras de ultrapassagem independente do uso da asa móvel.

Durante a reunião do Grupo de Estratégia, uma das equipes independentes sugeriu a adoção de um assoalho padrão para todos os carros, o que foi rejeitado por Christian Horner, que negou ser o artífice da proposta da volta do efeito solo à F1.

“As regras são muito restritas nesse sentido. Não se trata de uma proposta da Red Bull. No fim das contas, o custo de um assoalho é muito marginal, e o assoalho em torno da sua caixa de câmbio e da instalação do motor tem de ser único”, defendeu Horner, que se posicionou contra a ideia de Max Mosley, que propôs um teto orçamentário na F1 em troca de liberdade de desenvolvimento técnico. “É meio que colocar um alcoólatra dentro de uma adega de vinho”, concluiu.

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