Sem futuro definido, Liuzzi luta por vaga para 2013: “Minha carreira não acabou na F1”

Vitantonio Liuzzi quer voltar a alinhar no grid de largada de um Grande Prêmio na próxima temporada, mas não está disposto a levar dinheiro para isso. O italiano é pessimista com relação ao futuro de seu país na categoria

Um dos pilotos que estava no grid da F1 em 2011 mas perdeu seu lugar para a atual temporada, Vitantonio Liuzzi ainda não desistiu da categoria máxima do automobilismo mundial. Competindo pela Lotus no WEC em 2012, o italiano está disposto a voltar para onde estava até o ano passado, não importa onde.

Piloto da HRT na última temporada, Liuzzi segue na equipe como reserva de Pedro de la Rosa e Narain Karthikeyan. Em entrevista ao Grande Prêmio no paddock de Interlagos antes das 6 Horas de São Paulo, ‘Tonio’ falou que não tem nada definido para seu futuro e que não pretende se tornar mais um piloto pagante.

Vitantonio Liuzzi quer porque quer estar na F1 em 2013 (Foto: Rodrigo Berton / Agência Warm Up)

“Eu nunca levei dinheiro na minha carreira e não vou começar agora”, descartou a hipótese. “Ainda estou tentando a F1 para o próximo ano, sou reserva da HRT e a minha carreira não acabou na F1”, completou o piloto, que participou de 80 grandes prêmios.

Depois de lamentar a situação atual da economia mundial, que levou as equipes a buscarem pilotos capazes de levar consigo uma quantidade considerável de dinheiro, e cogitar a continuação no endurance, Liuzzi afirmou que “ainda há boas equipes que precisam de um piloto talentoso e profissional para conseguir um bom resultado”.

Para Liuzzi, a explicação para a ausência de pilotos italianos no GP da Itália de 2012 também está na economia, que “não ajuda”. Jarno Trulli e o próprio entrevistado pelo GP serviram de exemplo: “Eu estava em equipes médias ou pequenas [Force India e HRT] e as equipes medias e pequenas precisam do dinheiro. Isso é parte do motivo de eu ou Jarno Trulli não estarmos na F1, porque estávamos em times que precisam completar o orçamento”. Trulli estava na Caterham, mas foi trocado pelo russo Vitaly Petrov.

Com relação ao futuro de seus compatriotas na F1, o pensamento de Liuzzi é trágico. “A Itália está vivendo uma situação difícil no momento e eu espero que melhore no futuro, mas até que a economia cresça e exista suporte para um programa de jovens pilotos, não haverá italianos na F1”.

O Grande Prêmio cobre ‘in loco’ a quinta etapa do Mundial de Endurance, em Interlagos, com os jornalistas Felipe Giacomelli e Renan do Couto e os fotógrafos Felipe Tesser e Rodrigo Berton. Acompanhe o noticiário aqui.

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