Sem “grandes problemas” atrapalhando testes, Williams programa simulação de classificação para última semana

A Williams foi só a quinta equipe em quilometragem total nos dois primeiros testes da pré-temporada, mesmo que seu carro não tenha apresentado nenhum grande problema. Engenheiro-chefe do time, Rod Nelson explicou o porquê de o programa de treinamentos ser mais ‘econômico’ que o da concorrência

O número de voltas inferior em relação à concorrência e os tempos de volta modestos nos treinamentos da pré-temporada fazem muita gente se perguntar se a Williams está “escondendo o jogo” na preparação para 2015.
 
Esse não é o termo que Felipe Massa gosta de usar. “Não acho que estamos escondendo o jogo. A gente está trabalhando nas coisas mais importantes para chegar no dia de classificação e fazer direito”, afirmou o piloto brasileiro.
 
Nas atividades da última semana, em Barcelona, foi dele o melhor tempo da Williams: 1min24s672, com pneus macios. No combinado dos quatro dias de trabalhos, ele ficou na sexta posição, atrás das duas Lotus e de Nico Rosberg, Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen. 
Em termos de quilometragem, foram 3126 km percorridos em oito dias — contando também Jerez. É a quinta maior quantia entre as oito equipes que já andaram com carros de 2014. Líder no quesito, a Mercedes andou 4361 km. Já Red Bull, uma adversária direta que enfrentou problemas em Jerez, andou só 2676 km.
 
E o que exatamente é “trabalhar nas coisas mais importantes”? Foi o que o GRANDE PRÊMIO perguntou ao engenheiro-chefe de testes da Williams, Rod Nelson.
Engenheiro da Williams explicou qual o foco na preparação para a temporada 2015 (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
“Nós temos muitos objetivos: confiabilidade, performance nos long-runs e nos short-runs, os pilotos recuperando a forma, mecânicos e engenheiros entendendo o carro, e por aí vai. São os mesmos problemas que todos os outros, talvez em diferentes níveis. Uma área do nosso carro pode ser melhor, outra pode ser um pouco pior. Todos temos os mesmos problemas de uma ponta à outra do pit-lane. Os pilotos sempre reclamam que ‘falta potência’, ‘tem pouco downforce’, ‘tem muito arrasto’”, enumerou.
 
Mas Nelson garante: “Não tem nenhum grande problema nos impedindo de sair e fazer o nosso dever de casa”.
 
Nesta semana, pode ser possível ver um pouco mais do potencial da Williams em termos de tempo de volta. A equipe tem programada uma simulação de classificação para a última bateria de testes em Barcelona, que vai até domingo.
 
Ainda assim, marcar bons tempos não é a prioridade. “Não há campeonato mundial para quem vence os testes. Não há pontos nem medalha”, disse Nelson, arrancando risadas dos jornalistas.
 
“Passamos a maior parte do primeiro teste olhando para a confiabilidade. Este foi mais mesclado entre confiabilidade e tentamos fazer duas simulações de corrida. Vamos fazer simulações de classificação na próxima semana, como a maioria das equipes vai fazer. Separamos uma hora e passamos por todo um programa de classificação. Mas as pessoas vão ter diferentes níveis de combustível. Alguns times menores vão ter pouco, e alguns dos mais rápidos vão ter um pouco mais”, falou.
 
O que a Williams, que acredita estar no grupo dos mais rápidos, fará, é medir sua capacidade contra outros times do pelotão da frente.
 
“O tempo todo, o que você faz é tentar entender quão competitivo está em relação a um grupo de pessoas. Isso te ajuda a entender o risco que você está preparado para aceitar”, comentou.
 
“Estamos tentando entender como estamos em relação a um grupo de pessoas, o que elas estão fazendo, estimando quantidades de combustível, olhando para quão competitivos estavam a essa altura do ano passado e como se saíram na temporada. Então não sabemos exatamente onde estamos. Temos uma ideia razoável: um pouco mais lentos que a Mercedes e espero que um pouco mais rápidos que a Red Bull”, completou.
Felipe Massa durante testes de pré-temporada em Barcelona (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Felipe Massa é quem está no carro nesta quinta-feira (26) em Barcelona, e ele voltará a guiar no sábado. Nos outros dois dias, Valtteri Bottas comanda os trabalhos. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.
 
A equipe tem novas peças para esta atividade, incluindo uma nova traseira e novas laterais, e espera já dar um salto em relação ao carro que estreou no início do mês em Jerez. O GP da Austrália, que abre a temporada 2014, está marcado para 15 de março.
OS CAMINHOS DO AZAR

A série de coincidências e erros que rondam um círculo vicioso aproximam Chris Amon de Fernando Alonso. OK, um não tem vitória na carreira e outro tem dois títulos, mas chega a impressionar como o espanhol trilha o mesmo caminho de azar do neozelandês desde então.

Com um detalhe: Amon passou por McLaren e Ferrari. Com outro detalhe: assim que Amon deixou a Ferrari, os italianos acertaram a mão no carro…

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