Sem Pacto da Concórdia, equipes dependem de “boa fé e bom espírito” nos regulamentos, diz Brawn

O grande temor de Ross Brawn, chefe da Mercedes, diante da ausência de um Pacto da Concórdia na F1, é com relação à elaboração dos regulamentos por parte da FIA

As equipes do Mundial de F1, a FIA e a empresa que detém os direitos comerciais da categoria, a FOM, ainda não conseguiram chegar a um acordo para a assinatura de um novo Pacto da Concórdia. E o que mais preocupa o inglês Ross Brawn nessa história é a maneira como os regulamentos da categoria serão concebidos até que um novo contrato seja assinado.

O Pacto da Concórdia rege não só a divisão dos lucros do Mundial, mas também impõe limites à ação da Federação Internacional de Automobilismo no papel de reguladora do esporte, obrigando-a a consultar as equipes para a tomada de decisões.

Por enquanto, os times – com exceção da Marussia – têm apenas acordos comerciais com a FOM de Bernie Ecclestone. O que falta é um entendimento com a FIA.

Ross Brawn se preocupa com os regulamentos na ausência do Pacto de Concórdia (Foto: Getty Images)

“Eu acho que a área mais obscura sem o Pacto da Concórdia é que não há uma estrutura bem definida para a elaboração de novas regras e o que está acontecendo no momento é que a FIA está voltando ao sistema antigo”, disse o dirigente, no último fim de semana, em Silverstone, na Inglaterra.

Enquanto um novo Pacto não existir, Brawn espera que as decisões da FIA continuem apoiadas “na boa fé e no bom espírito” das equipes, assim como estiveram as novidades anunciadas na última sexta-feira (28) para o Mundial de 2014. Essas medidas eram da vontade dos times.

“As decisões do Conselho Mundial que foram divulgadas se basearam na boa fé e no bom espírito das equipes e eu espero que isso continue, mas, é claro, vamos precisar de uma estrutura mais firme e mais forte em torno dos regulamentos futuros e como eles serão decididos”, completou Brawn.

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