“Sem talento para tudo”, Alonso tira capa de super-homem e avalia bem o que fazer da carreira

Fernando Alonso sempre deixou claro seu desejo de entrar para a história do esporte a motor e de experimentar novas categorias. Entretanto, o espanhol manteve os pés no chão ao reconhecer que existem provas que não poderia competir, pois não se encaixam ao seu estilo de pilotagem

Fernando Alonso vai deixar a F1 ao final de 2018 e já pensa no leque de oportunidades que tem diante de si. Entretanto, o espanhol preferiu manter os pés no chão ao reconhecer que não teria talento para correr em todas as grandes categorias ao redor do mundo.
 
O bicampeão ainda não revelou o que vai fazer a partir de 2019. O GRANDE PRÊMIO apurou que o piloto vai fazer parte do grid da Indy em tempo integral defendendo a Harding com aliança entre Andretti, McLaren e Chevrolet.
 
Em Sóchi, o titular da McLaren reconheceu que existem categorias muito atrativas, mas que sabe que não conseguiria se adaptar em todas elas. “Veremos o que farei. Estou trabalhando em um plano e um calendário com mais de três corridas. Existem coisas que devo considerar”, explicou.
 
“Há categorias que podem me oferecer desafios incríveis. Ao mesmo tempo, preciso considerar esses desafios. Não sou o super-homem. Existem coisas que podem ser muito atrativas, mas não vou poder competir, pois há categorias que não se adaptam às minhas habilidades ou estilo de pilotagem”, continuou.
Fernando Alonso (Foto: McLaren)

“Correrei mais de três corridas, mas até que tudo se confirme, simplesmente estou evoluindo com a equipe. Preciso considerar e avaliar algumas coisas, mas há outras que tenho que ser sincero e saber que não tenho o talento para fazê-las.”
 

Alonso aproveitou para falar também sobre a FE, dizendo que ainda não a considerou, mas pode ser uma possibilidade para o futuro. “Não a considerei ainda. É nova e faz poucos anos, não temos a tradição de grandes corridas ou grandes cenários, pois ainda é muito jovem. Quem sabe no futuro? Mudarei meus desafios e minhas coisas para ser um piloto melhor, pessoa melhor e para colocar meu nome na história”, avaliou.
 
Ao falar sobre um ‘melhor piloto’, o espanhol deixou claro o que pensa. “Acredito que existem corridas que são suficientemente grandes e de prestígio e que dominar todas seja um objetivo quase impossível. Tem categorias em que pilotos disputam uma vida inteira e ali desenvolvem suas habilidades para um carro ou circuito específico”, falou.
 
“Trata-se de filosofias diferentes. Esse e o desafio que tem estado em minha mente nos últimos anos e é o momento de experimentar algumas das corridas.”
 
Por fim, o titular da McLaren afirmou que existem corridas muito grandes e que são vistas como referência no mundo do esporte a motor. “Provavelmente temos opiniões diferentes. Há corridas com grandes nomes que todos os fãs do automobilismo as conhecem. A Daytona 500 é grande por si só e é considerada entre as melhores”, disse.
 
“Há muitas, Pikes Peak, Dakar, Rali de Montecarlo, não são possíveis, pois preciso ser sincero comigo mesmo e saber onde estão meus limites e não tenho talento para fazê-las. Mas a F1 é um mundo muito, muito pequeno”, encerrou.
 
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