Pérez pede sensatez e pretende discutir “acordo de cavalheiros” em classificações da F1

Sergio Pérez, um dos pilotos mais experientes do grid, disse que a Fórmula 1 precisa discutir a postura de alguns dos seus pares na pista na classificação. Em Baku, por exemplo, vários competidores fizeram ultrapassagens na sessão para garantir um bom lugar na pista e também para buscar o vácuo, algo que quebra o que ‘Checo’ chama de “acordo de cavalheiros”

Existe na Fórmula 1 uma espécie de “acordo de cavalheiros” em vigor sobretudo nas sessões classificatórias. Trata-se de uma regra implícita, portanto que não faz parte do regulamento oficial, mas sim um consenso entre os pilotos de que é preciso dar espaço uns para os outros antes da abertura das respectivas voltas rápidas para que todos tenham as mesmas condições e que não possam atrapalhar os demais competidores. Contudo, vez ou outra, a F1 se depara com situações controversas, como na classificação do GP do Azerbaijão. Foi comum, por exemplo, ver ultrapassagens na sessão: tudo com o objetivo de garantir uma boa posição na pista e também para buscar o vácuo do carro da frente para buscar uma volta melhor em Baku.

Sergio Pérez, aos 31 anos, é um dos pilotos mais experientes do grid. Em sua 11ª temporada na Fórmula 1, o mexicano toma a frente para falar sobre o que viu em Baku. ‘Checo’ pediu aos seus pares no grid respeito e sensatez e prometeu debater as violações ao chamado acordo de cavalheiros neste fim de semana de GP da França.

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Sergio Pérez pretende abordar o que chamou de “acordo de cavalheiros” nas classificações da F1 (Foto: Red Bull Content Pool/Getty Images)

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“Basicamente, todos fomos ao mesmo tempo [para a pista], e o pessoal criou espaços, mas depois outros ultrapassaram e não respeitaram o acordo de cavalheiros. Isso só tornou as coisas um pouco mais difíceis. Não encaixamos a volta quando mais importava. Simples assim. Alguns pilotos respeitam isso. Nem todos”, comentou o piloto da Red Bull em entrevista veiculada pela revista britânica Autosport.

Pérez lembrou que o ocorrido em Baku é algo frequente na Fórmula 1 nos últimos tempos. “O caos começa quando o pessoal fica ultrapassando no fim da volta, e sabemos que devemos somente manter a posição e tentar abrir um espaço. É como um engarrafamento. De repente, fica cada vez pior. Tem sido assim há alguns anos”.

“Talvez seja algo que devemos discutir como pilotos e ser mais sensatos sobre isso, especialmente quando se trata de classificação, que devemos ser mais respeitosos e mais conscientes de que isso pode criar dificuldades para os outros. Definitivamente, vale a pena uma conversa para ver como todos se sentem a respeito”, disse.

Um dos pilotos a violar o acordo de cavalheiros foi Nikita Mazepin. Na classificação do GP da Emília-Romanha, por exemplo, o piloto da Haas ultrapassou Antonio Giovinazzi em volta rápida e deixou o italiano muito irritado. E na sessão que definiu o grid do GP da Espanha, Mazepin atrapalhou Lando Norris no Q1.

“Existem alguns pilotos que realmente respeitam isso e você pode confiar. Mas há alguns que você não pode. Então, acho que, provavelmente, é bom trazer isso de volta à tona e conversar sobre tudo, ver se é algo que todos nós sentimos que deveria acontecer”, complementou Pérez.

Acidente do líder, erro do campeão e vitória de Pérez: os melhores momentos do GP do Azerbaijão (GRANDE PRÊMIO com Reuters)
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