Pérez rejeita título de segundo piloto na Red Bull: “Desrespeito com minha carreira”

Sergio Pérez completou sua temporada de estreia pela Red Bull no ano passado, justamente o ano em que a equipe quebrou a hegemonia da Mercedes e levou o Mundial de Pilotos com Max Verstappen. O mexicano, contratado para ajudar o neerlandês no objetivo, acabou ficando claramente atrás do #33 — hoje #1 —, mas conseguiu ser efetivo na proposta de auxiliar o companheiro de equipe — principalmente ao atrapalhar Lewis Hamilton. No entanto, ‘Checo’ rejeito o posto de segundo piloto do time austríaco.

“Eu não poderia estar na Fórmula 1 só por estar, e ser o segundo piloto seria algo desrespeitoso com a minha carreira”, disse Pérez em entrevista à Fox Sports do México. “Estou na F1 porque eu sei que posso vencer e ser campeão. Não preciso provar nada, preciso provar para mim mesmo. Eu não quero vencer corridas, meu foco é vencer o campeonato”, salientou.

Pérez afirmou que “teria um problema” com a Red Bull caso a equipe o pedisse para deixar Verstappen ultrapassá-lo em um cenário em que ambos estivessem batalhando pelo título. Na mente do mexicano, disputar a taça com um companheiro de equipe indicaria a força dos taurinos perante as outras equipes do grid.

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“Se eles [Red Bull] me pedissem para deixar Max [Verstappen] vencer a corrida quando eu poderia ganhar o campeonato, nós teríamos problemas”, admitiu o mexicano. “Mas eu não vejo isso acontecendo agora. A equipe tem sido aberta em nos dizer que querem os dois andando à frente. Nada seria melhor do que disputar o campeonato com Max, porque isso significaria que a Red Bull detém o poder”, explicou.

‘Checo’ fez questão de destacar a relação entre ele e Verstappen na garagem da Red Bull, algo “natural” na opinião do mexicano. Na tabela do campeonato, os dois pilotos se encontram atrás apenas de Charles Leclerc, da Ferrari, que somou 86 pontos.

Apesar de ter duas vitórias em 2022 contra nenhuma de Pérez, Verstappen se encontra à frente do companheiro de equipe por apenas cinco pontos: 59 a 54. Isso se deve ao abandono do neerlandês na Austrália, quando Leclerc venceu e Pérez chegou em segundo lugar. Além da boa campanha, o #11 ainda garantiu sua primeira pole da carreira na F1 ao largar em primeiro na Arábia Saudita.

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“Há uma boa atmosfera entre os pilotos”, revelou. “Eu quero vencer Max e quero estar à frente dele. É algo único e que surgiu de forma natural. Temos a melhor equipe do grid e isso nos ajudou a ir à frente”, elogiou.

Após a última corrida disputada na temporada, o GP da Emília-Romanha — que teve a primeira dobradinha da Red Bull desde 2016, na Malásia —, os dois pilotos da Red Bull fizeram questão de subirem ao pódio juntos, ao contrário do que indica o protocolo. Pérez, que terminou logo atrás do atual campeão, revelou que foi uma sugestão sua.

“Estávamos prestes a subir no pódio e eu falei para irmos juntos, ele disse que sim”, contou Pérez. “Conversamos com Alex [Molina, organizador do pódio da F1] e fomos. Foi uma boa mensagem para toda a equipe”, finalizou.

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