‘Setor G’: Rivais das últimas temporadas, Vettel e Alonso usam mesma receita para atrair holofotes: o mistério

Impedidos de falar sobre futuro, Fernando Alonso e Sebastian Vettel encontram no mistério uma forma de manter seus nomes em evidência na F1. Em Interlagos, os dois chegaram ainda mais relaxados

Sebastian Vettel e Fernando Alonso, os dois principais nomes das últimas quatro temporadas da F1, vivem uma situação no mínimo curiosa neste fim de 2014 na F1. Sem grandes resultados neste ano, ambos longe da briga pelo título ou sequer por vitórias e ainda amargando posições pouco expressivas na tabela, os dois acharam uma forma de permanecer em evidência em um cenário dos mais estranhos da história recente do Mundial.

Depois de vencer quatro vezes consecutivas, duas em cima do próprio espanhol da Ferrari, o jovem alemão decidiu que é hora de sair da casa da mãe Red Bull e tentar voos mais ousados. O anúncio da saída foi repentino e pegou de surpresa o paddock no sábado de classificação no Japão, ainda no início de outubro. Só que, na época, e nem agora, Seb revelou para onde vai.

Sebastian Vettel estava bem-humorado nesta quinta em Interlagos (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

O chefe da Red Bull já deu o caminho: Ferrari. Mas nada de fato aconteceu desde Suzuka. Nenhuma movimentação. E de nenhum lado. O tetracampeão assegura que já sabe muito bem que cor de macacão vai vestir e o que vai fazer em 2015, mas não pode ainda fazer qualquer projeção, falar em expectativa, traçar planos. Isso 'só em breve' como ele mesmo disse nesta quinta-feira (6) em Interlagos.

Isso porque esse breve já está durando muito mais do que o imaginado. E ele mesmo admitiu isso. "Não há novidade quanto a isso. Espero que em breve. Há duas semanas, já esperava que fosse em breve. Ou um mês atrás. Ainda espero que seja em breve", respondeu Vettel ao GRANDE PRÊMIO.

A única coisa certa até agora é que com equipe austríaca o germânico não anda mais. E não parece arrependido da escolha. Vettel esbanjou bom humor, muito mais do que no último ano, quando chegou a Interlagos campeão. É a tranquilidade do futuro assegurado, mas que futuro?

Situação bem semelhante vive Alonso. A diferença está no fato de que o bicampeão ainda não anunciou nada, se vai ficar, se vai sair, a lenga-lenga segue desde sempre. O asturiano teve mais uma vez de responder sobre suas escolhas (possíveis). Porém, mesmo obedecendo à risca o comportamento que sempre o marcou na Ferrari, ou seja, de pouco falar sobre o futuro ou rumores, agora Fernando parece menos preocupado.

Fernando Alonso deseja iniciar negócio com a Lotus no ramo de bicicletas (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

Ainda não confirma se sai ou se fica, o normal é sair. Até falou sobre a Ferrari na terceira pessoa. Ao ser questionado sobre o que a equipe precisa para melhorar, Alonso disse que "eles precisam de uma nova motivação para que possam trabalhar com menos pressão". Nada de nós, portanto.

Por isso, o caminho mesmo é deixar a esquadra vermelha no fim da temporada. Só nunca se viu um Fernando tão aberto para falar de seu futuro. Hoje, o espanhol comentou sobre os rumores, fez graça de que leu "por aí" que estava comprando a Marussia por US$ 1, negou, claro, mas não deixou de rir si próprio. De mais curioso, foi que enfim um rumor foi confirmado pelo espanhol.

O ainda ferrarista falou que tem, sim, conversado com a Lotus. Nada ligado à F1, entretanto. Seu interesse tem a ver com bicicletas – esporte que tem grande apreço e do qual pretende fazer parte em um futuro muito breve.

Falou também na Mercedes, "a única com um cockpit competitivo", reconheceu que há "outras portas interessantes e que essas portas estão abertas", mas que é difícil "prever agora quem será de fato a equipe a se bater no próximo ano".

Assim como Vettel, Alonso também pareceu mais relaxado, apesar de toda a pressão de correr na Ferrari. Quer apenas finalizar o ano. Também como o rival, disse ter certeza do que vai fazer, reafirmou que tomou a decisão para o próximo ano há dois meses e que espera que tenha sido a mais acertada. Uma vez mais, Fernando se vê uma posição privilegiada por ter a opção de escolher ou de"mais ou menos" escolher para onde vai.

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