Sofrível, Kubica mostra irritação com calvário sem fim e já faz hora extra na F1
O regresso de Robert Kubica ao grid do Mundial de F1 oito anos depois do grave acidente que quase o matou vai muito além do esporte e representa uma verdadeira lição de vida. Mas o polonês, mesmo contando com o pior carro do grid, sequer consegue mostrar lampejos do grande piloto que um dia foi. Irritado por se ver fadado ao último lugar, Kubica parece estar com os dias contados na categoria

A volta de Kubica ao grid do Mundial de F1 oito anos depois de ter sofrido o gravíssimo acidente — no Rali Ronde di Andora, na Itália — que quase o matou e deixou sequelas irreversíveis no braço direito, ganhou contornos que foram muito além da esfera esportiva.
Para aumentar ainda mais o grau de dificuldade, Kubica teria, além de vencer a desconfiança em razão da sua condição física, lidar com um companheiro de equipe estreante, em grande forma com o título da F2 e com muita sede de mostrar seu potencial.

Definitivamente, o regresso de Kubica à F1 neste ano vale muito como uma grande história de vida, daquelas que vira livro e filme. Impensável, cerca de dois ou três anos atrás, que o piloto conseguiria regressar à elite do automobilismo — situação que, claro, só foi possível por conta dos seus patrocinadores poloneses, em especial a petrolífera PKN Orlen.
Fisicamente, o piloto mostrou que suporta a intensidade de uma corrida de cerca de 1h30min de duração, mas sofre sobretudo pelo longo tempo inativo. Depois de ter feito sua última temporada completa em 2010, todo o período longe das corridas fez com que Robert perdesse o ritmo. E esse ritmo não se recupera do dia para a noite.

De alguma forma, o retorno de polonês à F1 foi incrível. Esportivamente, porém, não deu certo. E em um esporte tão competitivo, imediatista e massacrante como o da F1, não há tempo a perder.
A passagem sofrível pela Williams neste ano jamais vai apagar uma grande história de vida e de amor pelo esporte.
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