Teimosia, “nãos” à Mercedes e obsessão por Senna: por que Alonso decidiu sofrer na McLaren

Bicampeão mundial em 2005 e 2006, Fernando Alonso já completou uma década de frustrações e deve continuar seu calvário nesta temporada, com outro carro problemático. O que poucos sabem é que ele mesmo teve a chance de mudar seu destino mais de uma vez - entre os motivos que o fizeram insistir, está a vontade de repetir a história de Ayrton Senna, seu maior ídolo

 

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “2258117790”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 600;

A imagem de Alonso no pódio de Interlagos, abraçado ao vencedor Felipe Massa, em 22 de outubro de 2006, parece já pertencer a outra época da F1. O espanhol, então com 25 anos, festejava seu segundo título com cara de garoto e sob os olhares de um mundo que fazia previsões: com a aposentadoria de Michael Schumacher, Alonso seria o novo dono da categoria pela década seguinte. 

 
A década seguinte passou, e Alonso continua bicampeão. A cara de garoto já não existe mais, e o currículo mostra uma peregrinação por três equipes – McLaren, retorno à Renault, Ferrari e novamente McLaren –, com três vice-campeonatos como melhor resultado. 
 
O que não mudou foi o respeito dos companheiros pista. Alonso continua sendo considerado um dos melhores pilotos do grid, para muitos o melhor. Mas por que, afinal, ele simplesmente não consegue mais disputar títulos? A resposta, nos últimos três anos, é fácil: a McLaren-Honda jamais deu a ele um carro em mínimas condições de se aproximar as vitórias, e em 2017 não deve ser diferente

window._ttf = window._ttf || [];
_ttf.push({
pid : 53280
,lang : “pt”
,slot : ‘.mhv-noticia .mhv-texto > div’
,format : “inread”
,minSlot : 3
});

(function (d) {
var js, s = d.getElementsByTagName(‘script’)[0];
js = d.createElement(‘script’);
js.async = true;
js.src = ‘//cdn.teads.tv/media/format.js’;
s.parentNode.insertBefore(js, s);
})(window.document);

Mesmo sem jamais ter recebido da McLaren-Honda um carro competitivo, Alonso insiste em continuar (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Surge então, uma outra pergunta: por que Alonso continua na McLaren? Porque simplesmente não se rebela, quebra o contrato e parte em busca de uma equipe em possa, finalmente, tentar cumprir a expectativa de dominar a F1? 
 
Parte da resposta é dada pelo próprio piloto, e tem relação direta com sua personalidade. Pessoas que convivem com o espanhol há anos costumam defini-lo como “teimoso” e “cabeça-dura”. O asturiano não discorda. “Eu sou um eterno ‘do contra’. Quando as pessoas estão pessimistas, eu sou otimista; quando estão entusiasmados, eu me preocupo”, disse, durante os testes em Barcelona. 
 
Além de teimoso, Alonso é orgulhoso. A ponto de, por duas vezes, ter dito “não” à Mercedes, equipe que dominou o campeonato nos últimos três anos. 
 
Dono do maior salário da F1 durante a última década, o espanhol considera que o fato de ser o mais bem pago do Mundial reflete sua condição de piloto de ponta, mesmo que os resultados não o acompanhem. “Não se trata de ser mercenário, mas de sentir-se valorizado e de saber que a equipe que está pagando tudo aquilo fará o máximo por ele”, afirma Manuel Franco, repórter do jornal AS e um dos jornalistas que melhor conhece Alonso. 
Alonso teve a chance de ir para a Mercedes, mas optou por continuar na McLaren e cumprir seu contrato (Foto: McLaren)
Foi justamente a questão salarial que impediu uma primeira investida da Mercedes pelo asturiano, no final de 2014, quando acabava seu contrato com a Ferrari – a montadora alemã ofereceu uma quantia menor que ele ganhava em Maranello, e as negociações não foram adiante. 
 

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “2258117790”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 600;

O outro “não” de Alonso à Mercedes aconteceu nos últimos meses, por outro motivo. Na busca por um substituto para Nico Rosberg, a equipe tinha Alonso no topo de sua lista, desde que ele se encarregasse de sair da McLaren por sua conta, negociando todo o rompimento de contrato e pagamento de multas, sem nenhuma participação dos alemães. Houve outra resposta negativa.

 
Questionado sobre o assunto pelo GRANDE PRÊMIO em Barcelona, o espanhol irritou-se. “Se quiser, depois te passo minha entrevista da semana passada, já falei tudo lá. Se você tem contrato com uma equipe e está feliz nesta equipe…”, disse. Diante da réplica de que Valtteri Bottas, o escolhido pela Mercedes, também tinha contrato e estava feliz na Williams, lançou: “Ele também tinha outro empresário”. 
 
Um dos empresários de Bottas era Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes (ele deixou o grupo de agentes do finlandês após sua ida para a equipe); e o empresário de Alonso é Luis Garcia Abad, responsável direto pela negativa à escuderia alemã.  
 
Mas não são apenas as cifras ou as situações de contrato que fazem o bicampeão continuar na McLaren. Existe, também, um motivo humano. Uma idolatria, quase uma obsessão, por outro piloto que brilhou na equipe inglesa: Ayrton Senna. 
Alonso sonha em repetir o feito de Senna e também ser campeão na McLaren-Honda (Foto: Getty Images)
O tricampeão é o grande ídolo de Alonso. Seu primeiro kart – construído pelo pai, para sua irmã – era uma tentativa de réplica da McLaren-Honda do final dos 1980, com patrocínio da Marlboro, com a qual Senna alcançou todos os seus títulos mundiais. Mais de uma vez, o espanhol já disse que cresceu em um quarto com as paredes estampadas com pôsteres do ídolo. 
 

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

“É algo que ele tem muito presente: essa vontade de ganhar onde Ayrton Senna ganhou. De vencer e ser campeão na equipe de Senna”, explica Manuel Franco. A parceria McLaren-Honda, de fato, remete a uma mística especial. Mas o momento atual de Alonso tem sido comparado pela imprensa espanhola a outra fase da carreira de Senna, a das temporadas em que o brasileiro não tinha um carro para ser campeão na McLaren, na fase final da sua passagem pela equipe, e sofria por isso. 

 
O calvário de Senna na McLaren durou duas temporadas – 1992 e 1993; o de Alonso entra em sua terceira, mas o asturiano parece anestesiado diante das decepções e confiante de que conseguirá vencer com a equipe de seu ídolo. “Eu não deixarei de correr sem que esteja me sentido bem e com os resultados que mereço. Se algum dia eu vejo que os outros freiam mais tarde que eu, que são melhores, eu paro. Mas agora vejo justamente o contrário”. 

PADDOCK GP #68 ANALISA SEGUNDA SEMANA DE TESTES DA F1 EM BARCELONA

.embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; }

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “8352893793”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 250;

fechar

function crt(t){for(var e=document.getElementById(“crt_ftr”).children,n=0;n80?c:void 0}function rs(t){t++,450>t&&setTimeout(function(){var e=crt(“cto_ifr”);if(e){var n=e.width?e.width:e;n=n.toString().indexOf(“px”)

var zoneid = (parent.window.top.innerWidth document.MAX_ct0 = '';
var m3_u = (location.protocol == 'https:' ? 'https://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?' : 'http://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?');
var m3_r = Math.floor(Math.random() * 99999999999);
document.write("”);

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.