Temporal em Spa-Francorchamps interrompe e deixa indefinida sequência do GP da Bélgica

As condições extremas por conta da chuva em Spa-Francorchamps fizeram a direção de prova acionar a bandeira vermelha e interromper a corrida antes da largada propriamente dita. Não há ainda uma perspectiva sobre a sequência da corrida seja neste domingo ou mesmo na segunda

Sergio Pérez bate carro da Red Bull na volta de saída aos boxes para a largada do GP da Bélgica (Vídeo: F1)

O que será do GP da Bélgica, 12ª etapa da temporada 2021 da Fórmula 1, depois do temporal que insiste em desabar neste domingo (29) em Spa-Francorchamps? Eis a pergunta de US$ 1 milhão e ainda sem resposta, sobretudo porque a chuva persiste na região das Ardennes e torna impossível a prática do esporte a motor em condições seguras. Ainda não se sabe se a sequência da corrida vai acontecer nas próximas horas ou se a disputa será postergada para a segunda-feira.

O cenário de caos se fez presente em Spa-Francorchamps muito antes do horário previsto para a largada. Com muito frio, vento e muita chuva, os pilotos partiram dos boxes para a volta de alinhamento no grid de largada. Mas a traiçoeira pista belga pregou mais uma das suas peças neste fim de semana: Sergio Pérez aquaplanou ao percorrer a curva Les Combes, perdeu o controle da sua Red Bull e bateu na barreira de proteção. Na teoria, seria o fim de corrida antes mesmo da largada para o mexicano.

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Diante de condições tão extremas, a direção de prova primeiramente anunciou que o procedimento de largada para o horário previsto anteriormente, 10h (de Brasília, 15h pelo horário local). Mas a chuva recrudesceu a ponto em que não havia outra escolha a não ser adiar o início de fato da corrida. As luzes vermelhas se apagaram às 15h25 locais.

Max Verstappen, dono da pole-position, não se mostrou satisfeito com o adiamento da largada. Carlos Sainz alertou a direção de prova para o aquecimento dos pneus, que estavam esfriando. A temperatura ambiente de momento era de 12ºC. “Diga ao Michael que ele não pode fazer isso com os pneus. Vai ser perigoso”, alertou.

Com muita chuva e a visibilidade totalmente comprometida, os pilotos saíram para a volta de formação atrás do safety-car, pilotado por Bernd Mayländer. Hamilton se mostrava bastante preocupado. “Já não consigo ver nada”. Pole, Verstappen disse: “Tenho de deixar mais espaço para o safety-car porque não consigo enxergar”.

Só que não havia a menor condição de correr daquela forma. Diante do posicionamento quase unânime dos pilotos diante de uma chuva imparável, a direção de prova adotou o bom senso e acionou bandeira vermelha. Só Verstappen, que tinha apenas o safety-car à sua frente, não gostou muito. “Parece que não está tão ruim, mas ok”, disse.

FÓRMULA 1; F1; GP DA BÉLGICA;
Quase não deu para ver o carro de Charles Leclerc em meio à chuva intensa (Foto: Reprodução/Fórmula 1)

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Neste meio tempo, a Red Bull entrou em contato com a direção de prova para saber sobre a possibilidade de colocar o carro de Pérez de volta à pista. Após a primeira consulta, revelada pela transmissão da Fórmula 1, Michael Masi se posicionou.

“Acho que não. Porque ele teve assistência externa para voltar”. Jonathan Wheatley, diretor-esportivo da Red Bull, retrucou. “Isso aqui não é Le Mans, então acho que ele pode fazer, e a assistência mecânica só conta na corrida”. Mas o regulamento esportivo da Fórmula 1 diz que o carro que não completa a volta de reconhecimento e que não chega por seus próprios meios ao grid não pode começar a corrida do grid. E em teoria, Pérez não poderia largar do pit-lane porque o procedimento de largada já fora realizado antes.

A meteorologia indicava que a chuva seria ainda mais forte nos minutos seguintes, de modo que parecia impossível correr naquele momento em condições seguras. Toto Wolff, chefe da Mercedes, era claro: “Não vai melhorar nos próximos 45 minutos, vai chover mais forte”. O dirigente austríaco brincou ao falar que não queria saber de corrida na segunda-feira: “Prefiro correr hoje. Para amanhã, já tenho planos. Vou curtir uma praia”, disse. Mas os chefes da Red Bull e da Alpine já consideravam a possibilidade de postergar a prova.

Michael Masi disse que a janela para a corrida é de três horas a contar do início previsto originalmente para a largada. Ou seja, a definição sobre os rumos da corrida seria determinada até 13h (de Brasília). O australiano também confirmou que Pérez estava liberado para largar em Spa, mas do pit-lane.

Mas no horário em que a corrida provavelmente terminaria, às 11h40 (de Brasília), não havia nenhuma definição. A única perspectiva era de mais chuva para as próximas horas em Spa-Francorchamps, o que tornava a sequência do domingo totalmente incerta.

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