Teto orçamentário deixa funcionários ociosos, e Mercedes “olha para outras categorias”

Os cortes financeiros causados pelo teto orçamentário significam o afastamento de funcionários da Mercedes do projeto na Fórmula 1. A marca busca agora formas de realocar empregados

A era de gasto sem limites na Fórmula 1 chegou ao fim. Com o teto orçamentário de US$ 145 milhões [R$ 734,91 milhões], equipes precisaram rever contas e fazer economias. No caso de uma gigante como a Mercedes, o momento é também de decidir o que será de funcionários cortados da operação na F1. E talvez seja um mal que venha para bem: de acordo com o chefe Toto Wolff, a montadora alemã pode investir em outras categorias para manter empregados ocupados.

“Para nós, [o teto orçamentário] significa reajustes”, afirmou Wolff. “Significa mudar nossa forma de agir e realocar funcionários para novas áreas. Temos um departamento muito forte, o de ciências aplicadas, onde trabalhamos com clientes de alta performance. Talvez a gente olhe para outras categorias para manter nossos recursos humanos, nossa propriedade intelectual dentro da Mercedes. Quem sabe?”, seguiu.

O teto orçamentário leva a Mercedes a repensar o futuro (Foto: Mercedes)

O comentário de Wolff, entretanto, não vem como uma nova ameaça ao futuro da Mercedes na F1. O dirigente frisou que o automobilismo, como atividade central da marca, não será limado tão facilmente.

“Está claro que todas as companhias automotivas enfrentam momentos difíceis e inseguros. Todos os dias você abre um jornal ou uma revista e se fala sobre a Volkswagen, a Renault, a Fiat ou a Daimler. Nesse sentido, eu entendo perfeitamente os questionamentos sobre nossa plataforma esportiva. A alta cúpula da Mercedes vê a F1 como uma atividade central. Fazemos carros de rua e fazemos carros de corrida. Inclusive, o primeiro carro de todos foi de corrida”, comentou.

O futuro da Mercedes não é o único cercado de questionamentos na F1. A Renault precisou de comunicado para afirmar que de fato segue no grid. McLaren e Williams também querem seguir, mas sofrem financeiramente: a primeira realizou demissões em massa e a segunda busca um comprador para garantir o futuro.

O GRANDE PRÊMIO contatou a Mercedes recentemente para saber sobre a possibilidade de seguir os passos da Ferrari e analisar um projeto na Indy. “Não, nosso foco está na Fórmula 1 e na Fórmula E”, respondeu a montadora.

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