Teto orçamentário afeta metade das equipes da Fórmula 1 para 2021

Uma das medidas mais importantes do novo regulamento da Fórmula 1 para a temporada 2021 tem a ver com um teto orçamentário de $ 175 milhões com gastos de performance e, baseado no que foi gasto em 2018, meio grid vai sofrer

O regulamento de 2021 foi apresentado nesta quinta-feira (31) antes do GP dos EUA e alguns itens chamam bastante a atenção. Um dos principais é a novidade do teto orçamentário, com um limite de não mais que US$ 175 milhões – aproximadamente R$ 705 mi – para gastos de cada equipe com performance.
 
O número frio, assim, nem parece indicar grande redução, porém, analisando o orçamento das equipes em 2018, no último levantamento feito, nota-se que o impacto é gigantesco. Vale dizer que os números não discriminam quais foram os gastos com performance, porém, não parece nenhum absurdo dizer que metade do grid vai sofrer.
 
A Ferrari, quem mais gastou em 2018, teve nada menos que US$ 410 milhões – R$ 1,6 bilhão na conversão feita em março, quando o levantamento saiu. É válido dizer que salário de pilotos e chefes e gastos com publicidade não entram no teto, mas os italianos sofrerão forte impacto com o teto, de qualquer forma.
O novo carro da F1 para 2021 não vai poder custar mais que US$ 175 milhões (Foto: Fórmula 1)
A Mercedes tem um cenário bem parecido com o da rival, tendo gasto, na temporada passada, US$ 400 milhões – R$ 1,5 bilhão. A fábrica alemã, vale ressaltar, é quem tem os maiores gastos com salários anuais de pilotos: US$ 65 milhões – R$ 250 milhões projetados para este 2019.

A Red Bull surge logo atrás com US$ 310 milhões – R$ 1,2 bilhão, enquanto McLaren e Renault também aparecem acima do novo teto, ao menos nos gastos totais: respectivamente, US$ 220 milhões – R$ 850 milhões – e US$ 190 milhões – R$ 730 milhões.

 
Podemos dizer que Williams, Toro Rosso, Alfa Romeo, Haas e Racing Point saem beneficiadas da medida, afinal, nenhuma das cinco chegou no teto em 2018. As duas primeiras tiveram o mesmo gasto, em US$ 150 milhões – R$ 577 milhões, enquanto a então Sauber teve US$ 135 milhões – R$ 519 milhões, a Haas gastou US$ 130 milhões – R$ 500 milhões – e a Racing Point ficou em US$ 120 milhões – R$ 461 milhões.
 
Curiosamente, em setembro, a informação era de que o teto seria de US$ 200 mi em 2021 e cairia pra US$ 175 em 2022 e US$ 150 em 2023. Aparentemente, isso ficou para trás e apenas o valor intermediário será usado nos próximos anos.

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