Todt vislumbra maior fatia das receitas da F1 para FIA em 2013: “Precisamos incentivar o esporte”

Mirando a reunião entre a entidade, a FOM e os chefes de equipe da F1, o atual presidente da FIA afirma que precisa de mais dinheiro para continuar com os projetos desenvolvidos pela federação nos últimos meses. Ele também criticou as atuais declarações de Max Mosley

Na semana da reunião entre o conselho da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), os principais dirigentes da F1 e a FOM (Formula One Management), Max Mosley, ex-presidente da entidade máxima que rege o automobilismo pelo mundo, afirmou que Jean Todt, atual mandatário, deve ser mais rígido para conseguir o que deseja à frente da federação.

Fazendo um discurso exatamente oposto, Todt não acredita que transformar a FIA em uma espécie de ditadura ou mudar a atual abordagem não é o caminho que ele deseja seguir enquanto estiver no comando. “Para mim, a FIA deve ter um grande impacto, não se corroer. Eu não sou um ditador tentando controlar algo. A contribuição e o papel da FIA devem ser protegidos e respeitados”, disse Todt ao jornal ‘Financial Times’.

Todt espera ver a FIA com uma maior fatia das receitas da F1 já na próxima temporada (Foto: Ferrari/ Ercole Colombo)

O dirigente confirmou que vai negociar uma maior fatia das receitas, a partir do próximo ano, na reunião nesta semana. “Se você vê os números, a F1 gera US$ 2 bilhões [R$ 4 bilhões] de receita ou um pouco menos”, contou.

“A FIA é uma organização sem fins lucrativos, mas precisamos [de dinheiro] para tocar nossa organização. Precisamos incentivar o desenvolvimento do esporte e é preciso incentivar o desenvolvimento da ação de segurança no trânsito. Não podemos ser uma federação sem receitas”, completou.

A gestão do Todt tem sido elogiada por ser menos turbulenta do que a de Mosley, que passou por inúmeras crises antes de deixar o comando em 2009, após 16 anos no poder. Apesar do agito por conta das negociações para reduzir os custos da categoria e da mudança de regulamento para 2014, que inclui a troca dos motores, ele acredita que o trabalho da entidade existe para colocar o esporte em uma posição mais responsável financeiramente e ambientalmente, e ironizou as últimas opiniões do ex-presidente.

“Ele [Mosley] me fez sorrir quando li que vamos perder o controle. Nunca vou permitir que as coisas, que estão sob nossa responsabilidade, sejam tratadas por qualquer outra pessoa. Às vezes, é uma desvantagem na F1. As pessoas vivem pouco o ambiente, ficam em seus mundos particulares e não veem o que está acontecendo. Mas o mundo está mudando. Nós devemos ser embaixadores do esporte e da indústria”, discursou.

Mas Todt sabe que as finanças de várias equipes não estão boas, mas admite que ficou desapontado com as atuais propostas de redução de custos para a F1 no futuro, que vem sendo alvo de conversas e inúmeras reuniões desde o último ano. “Vou aguardar propostas mais drásticas para reduzir os custos”, confirmou.

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