Tricampeão da F1 e dirigente da Mercedes, Lauda não resiste a problema renal e morre aos 70 anos
Uma lenda da F1 e do automobilismo de forma geral saiu de cena. Niki Lauda, um dos maiores pilotos de todos os tempos, tricampeão nas pistas, e dirigente de sucesso, morreu na Suíça após problemas nos rins. Apesar de fazer diálise, Lauda, que tinha 70 anos, não resistiu
Três vezes campeão mundial de F1 nas décadas de 1970 e 1980, Andreas Nikolaus Lauda, conhecido no mundo do esporte como Niki Lauda, não resistiu a problemas renais e morreu na noite desta segunda-feira (20), na Suíça. Lauda tinha 70 anos e nunca deixou a F1, sendo que nos últimos anos ocupou a função de presidente não-executivo da Mercedes, equipe pentacampeã mundial.
Na esteira da sua recuperação, Lauda se mostrou muito animado com a perspectiva de regressar ao paddock e à garagem da Mercedes e prometeu: "Vou voltar em breve".

Relacionadas
"Niki Lauda morreu. Tenho de confirmar isso", disse Walter Klepetko, o médico que fez o transplante de pulmão no ano passado, alguns minutos depois que a notícia foi divulgada.
"Com profunda tristeza, anunciamos que nosso amado Niki morreu pacificamente com sua família na segunda, 20 de maio de 2019. Suas realizações únicas como atleta e empreendedor são e permanecerão inesquecíveis. Seu incansável entusiasmo pela ação, sua franqueza e sua coragem seguem um modelo e uma referência para todos nós. Ele era um marido amoroso e atencioso, pai e avô longe do público, que vai sentir sua falta", divulgou a família do austríaco em e-mail.
O transplante do pulmão em 2018
A intervenção cirúrgica de transplante pulmonar aconteceu um dia após o aniversário de 42 anos do famoso acidente que o então campeão mundial vigente Lauda sofreu no GP da Alemanha de 1976, em Nürburgring, e que provocou queimaduras tão severas que perduraram pelo resto da vida.

Após ser campeão em 1975, vice em 1976 e bicampeão em 1977 pela Ferrari, Lauda deixou a escuderia de Enzo Ferrari, ainda com mágoas que duravam desde que a equipe colocou um piloto em seu lugar após a batida de Nürburgring. Lauda guiou mais dois anos por uma Brabham enfraquecida antes de se aposentar e passar três anos afastado. Mas 1982 a McLaren chamou, e Lauda atendeu. Foram mais quatro anos de F1, com direito a um derradeiro título, já aos 35 anos, em 1984.

