Bottas se vê mais forte e diz que “ninguém faria trabalho melhor no meu carro” na Mercedes
Valtteri Bottas terminou 2020 com o vice-campeonato em mais um ano dominado pela Mercedes. Apesar disso, não conseguiu entrar em uma briga direta com o companheiro de equipe, Lewis Hamilton, pelo título. Ainda assim, o finlandês discorda daqueles que acham que é fácil guiar o carro da equipe alemã e enfrentar o heptacampeão
A Mercedes apresentou em 2020 talvez o melhor carro de toda a era híbrida da Fórmula 1. O W11 exibiu um impressionante equilíbrio entre força de motor e pacote aerodinâmico, sendo sólido em quase todas as pistas do calendário. Como se não bastasse, ainda lançou um sistema inovador para melhorar a aderência dos pneus e controlar a temperatura. E esse conjunto deu munição suficiente para que Lewis Hamilton e Valtteri Bottas comandassem a temporada. O inglês foi dominante, vencendo 11 vezes e largando na frente em outras 10. O desempenho ofuscou o companheiro de equipe, que fechou o ano com apenas dois triunfos e cinco poles. Ao falar da diferença em termos de performance, o finlandês de 31 anos reconheceu a superioridade do heptacampeão, mas colocou na balança seus próprios erros e culpou também a falta de sorte em alguns momentos do campeonato. Ainda assim, o complicado embate com Hamilton trouxe lições importantes, de acordo com Valtteri.
Bottas entende que, por mais difícil que tenha sido a temporada, encerra o ano mais forte do que começou. O nórdico deu o pontapé inicial em 2020 com uma vitória na Áustria, depois de partir da pole-position, ensaiando uma briga mais direta com Lewis. Só que o dono do carro #77 não conseguiu manter o mesmo rendimento ao longo do ano, embora tenha se apresentado regularidade: foram 11 pódios em 17 corridas. Ainda, o piloto venceu na Rússia e obteve uma pole importante em cima do britânico, em Silverstone, com uma margem de 0s256. Os esforços, no entanto, foram insuficientes: o nórdico se viu atrás de Max Verstappen em diversos momentos e perdeu chances de se aproveitar dos raros contratempos do colega de equipe.
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“2020, definitivamente, foi um ano muito estranho de forma geral. Na pista também, em termos de performance e dos meus objetivos, especialmente no que diz respeito aos resultados que consegui e as metas que tracei. Na verdade, tiveram coisas esquisitas, provas em que não tive sorte e algumas corridas em que eu não fui bem. Lewis foi bem melhor. Isso é um fato”, admitiu o finlandês durante entrevista promovida pela parceira da Mercedes, Petronas, em que o GRANDE PRÊMIO esteve presente.
“Mas acho que você se torna mais forte na F1 a cada ano. E neste, não posso dizer que houve algo em particular que tenha sido diferente disso. Há maus ou bons momentos em todas as temporadas. No entanto, eu aprendi muito com as derrotas que tive neste ano, por isso estou muito ansioso pelo próximo ano, é sempre uma chance de recomeço. Uma nova oportunidade. Espero ter uma temporada mais forte, sem tanto azar, o que seria ótimo. Mas, sim, me vejo mais forte a cada ano”, completou o vice-campeão de 2020.
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Ao longo da temporada e por conta da diferença de performance na comparação a Hamilton, muito se falou sobre a escolha da Mercedes em renovar o contrato de Valtteri, que aconteceu ainda em agosto. O rendimento também foi colocado à prova quando a equipe chamou George Russell para substituir Hamilton no GP de Sakhir. O inglês havia testado positivo para Covid-19, e o time alemão decidiu dar uma chance ao jovem da Williams, membro do programa da Mercedes. E Russell teve atuação muito elogiada, o que levantou boatos sobre uma eventual mudança de planos dos heptacampeões. Falando sobre como encara comentários de que alguém poderia fazer melhor no segundo carro da Mercedes, Bottas se defendeu e garantiu que a esquadra da estrela está satisfeita com seu trabalho.
“Não é um segredo. É um fato que, na Fórmula 1, a equipe faz uma grande diferença. O carro faz grande diferença. Você precisa estar em uma das equipes de ponta para vencer corridas. É assim que é e é assim que tem sido sempre. Mas há muita especulação quando se fala em correr contra Lewis. Ele foi o melhor neste ano. E eu acredito em mim e acho que ninguém poderia ter feito um trabalho melhor do que eu no meu carro”, afirmou o finlandês.
“Eu tenho confiança em mim e na equipe. Eles poderiam escolher qualquer outro, mas escolheram a mim, e continuam a fazer isso. Então, tenho certeza de que sabem do trabalho que estou fazendo. É também uma questão de trabalhar em equipe. Também tem a relação com Lewis. Trabalhamos como dupla. E isso traz benefícios, deixa o time mais forte”, acrescentou.
Bottas tem mais um ano de contrato com a Mercedes na Fórmula 1.
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