Bottas vê 2020 de aprendizado e diz que pandemia ensinou que dá para viver sem F1

Valtteri Bottas refletiu sobre o estranho ano de 2020 dentro e fora das pistas. O finlandês de 31 anos falou sobre o quanto aprendeu sobre direitos humanos, diante do posicionamento de Lewis Hamilton e da Mercedes

Vice-campeão em 2020, Valtteri Bottas terminou a temporada a 124 pontos do heptacampeão Lewis Hamilton. O finlandês de 31 anos não foi capaz de se colocar na luta pelo título contra o companheiro de Mercedes, mesmo em um ano em que a equipe alemã dominou amplamente a Fórmula 1. Valtteri venceu apenas duas vezes e foi pole em cinco oportunidades. E jamais esteve em uma disputa direta com o britânico. Apesar disso, o dono do carro #77 entende que deu passos importantes no ano que acabou nesta semana e aprendeu lições que pretende carregar consigo para o novo campeonato.

O nórdico fez um balanço dos erros e acertos e entende que conseguiu melhorar ao menos um dos pontos que queria. “Certamente, ainda tenho muito trabalho pela frente. Mas diria que, em 2020, o ritmo de corrida em geral foi um pouco melhor.”

“Eu aprendi muito nessa temporada e, olhando para o quadro geral, tivemos coisas boas e muitas lições. E todas as coisas positivas que fiz nesta temporada, agora quero levar comigo neste ano. Vamos tentar de novo”, afirmou o piloto, que reconheceu ainda que o ano passado o fez repensar sobre o mundo fora das pistas também. E que tirou lições diante dos impactos da Covid-19, além dos protestos contra o racismo.

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A temporada 2020 foi marcada pelas manifestações contra o racismo, e Bottas esteve ao lado de Hamilton nos protestos (Foto: Reprodução/Twitter)

A pandemia do novo coronavírus forçou a Fórmula 1 a adotar uma série de medidas para tentar não só evitar o contágio dentro do paddock, mas principalmente para garantir a sobrevivência do campeonato. Além das decisões quanto ao regulamento novo, que entraria em vigor neste ano, mas que vai ficar para a próxima temporada, a maior das categorias do esporte também mexeu em teto orçamentário e premiações, sem contar a mudança no calendário de 2020, que acabou reduzido de 22 para 17 corridas. O ano passado também foi marcado pela campanha ‘We Race As One’ por maior diversidade no esporte e pelos protestos contra o racismo. Questionado pelo GRANDE PRÊMIO sobre como 2020 o afetou fora do carro da Mercedes, Bottas revelou que os efeitos do isolamento ensinaram que há muito mais a se pensar e fazer longe do ambiente da F1.

“Acho que as coisas começaram a ficar realmente estranhas em março, quando as corridas foram canceladas. Eu voltei para Mônaco, mas sabia que não teríamos nenhuma prova por meses, então resolvi ir para a Finlândia. Particularmente, a principal lição deste ano foi que, mesmo sem Fórmula 1, há muitas coisas legais para se fazer. E isso me deixou muito feliz”, respondeu o nórdico durante entrevista promovida pela Petronas, parceira da Mercedes.

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“Foi bom aprender que é possível viver sem F1 uma vez. Na verdade, foi tudo bem. É claro que muita coisa neste ano foi colocada sob perspectiva. Por exemplo, não há garantias de que você vai ser saudável sempre. Ninguém realmente sabe o que o futuro reserva. Também aprendi muito sobre todas as questões que envolvem os direitos humanos. Então, acho que foi um ano de muito aprendizado mesmo”, completou.

A Mercedes decidiu apoiar as manifestações de Hamilton contra o racismo e trocou a tradicional cor prata dos carros pelo preto em 2020.

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