Vergne revela ter sido procurado por equipe da F1 e abre portas para retorno “se a oportunidade for boa”

Jean-Érc Vergne está novamente na mira da F1. O atual campeão da Fórmula E contou, enquanto está na Inglaterra para a disputa das 6 Horas de Silverstone, que foi procurado por um time do Mundial e que está aberto a um possível retorno

Jean-Éric Vergne deixou a F1 no fim de 2014 sem ter bem um futuro definido. Fora das asas da Red Bull e sem espaço no grid, precisou caçar um espaço para não deixar de ser piloto. Encontrou primeiro a Fórmula E, depois o endurance, e se estabeleceu. Quase quatro anos depois, há quem queira o francês de volta na F1.

 
Foi o próprio Vergne quem confirmou a informação. Disse ter sido procurado por várias equipes e "inclusive uma da F1" por vagas na temporada 2019. O retorno de seu nome à eterna roda gigante de pilotos da F1 é, segundo o piloto, fruto da mudança de postura e desenvolvimento do talento.
 
"É uma possibilidade. É engraçado como muda o mundo do esporte a motor. Quando você muda sua cabeça, muda um pouco a forma como trabalha, você vê os resultados logo de cara. Você vê os resultados e como as pessoas te olham e falam com você. Quando você começa a representar sua marca, que é o que você sempre é, isso muda muita coisa", disse ao site 'Crash.net'.
 
"Três anos atrás, ninguém teria me ligado da F1 e dito 'ei, você tem um contrato para a próxima temporada?'. Isso é ótimo", afirmou.
 
Na F1, Vergne foi companheiro de equipe de Daniel Ricciardo na Toro Rosso e chegou a superar o australiano no campeonato de 2012. Em 2014, Ricciardo subiu para a Toro Rosso, enquanto Vergne recebeu Daniil Kvyat como companheiro e marcou quase o triplo de pontos do russo. Foi Kvyat, entretanto, que ganhou a vaga na Red Bull para o ano seguinte. Vergne acabou demitido para que Carlos Sainz Jr. e Max Verstappen tivessem espaço. Mesmo assim, JEV jura não ter ressentimentos.
Jean-Éric Vergne (Foto: Dalton Yamashita/Grande Prêmio)

"Na minha cabeça, estou feliz onde estou. Não sou ressentido. Vejo meu ex-companheiro, Daniel, vencendo corridas. Eu estava em Mônaco e fiquei muito feliz quando ele ganhou. Eu poderia ser ressentido e dizer 'poxa, eu estava ganhando desse cara, estava perto dele, e agora ele está ganhando corridas, tem esse contrato e esse futuro'. Mas não sou assim. Sou muito feliz com o que eu tenho. Acho que as coisas acontecem por um motivo. Quem sabe onde ele vai estar em dez anos e onde eu vou estar em dez anos?", questionou.

 
"Então, não, não estou mais decepcionado. Aprendi com meus erros, aprendi com as coisas ruins que aconteceram e sou grato pelo que acontece comigo. Mas agora, se surgir uma boa oportunidade na F1, eu consideraria", encerrou.
 
O francês, atual campeão da FE, não quis falar sobre que time conversou com ele, mas avaliou que a F1 precisa trabalhar para igualar as forças do pelotão – algo de que se beneficiou na categoria dos bólidos elétricos.
 
"É assim que funciona. A F1 talvez queira mudar um pouco isso. É o positivo da Fórmula E. Com nosso time, seria como a Marussia vencer o campeonato da F1. Seria impossível, mas talvez isso possa mudar. Desta vez, creio que tenho todas as ferramentas às mãos para fazer um bom trabalho", garantiu.
 
A Toro Rosso, equipe pela qual Vergne guiou, conta com dois pilotos que dificilmente permanecerão na temporada que vem. Pierre Gasly é o favorito a assumir o lugar de Ricciardo na Red Bull, enquanto o baixo desempenho de Brendon Hartley faz com que ele seja um dos favoritos a deixar o grid ao fim do ano.
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