Verstappen aproveita acidente entre Hamilton e Rosberg na Espanha e vira piloto mais jovem a vencer na F1
O dia 15 de maio de 2016 é histórico para a F1. Com apenas 18 anos e sete meses, Max Verstappen conquistou sua primeira vitória no Mundial. O triunfo veio na base da estratégia, com muito drama e talento do holandês, que ganhou no braço uma disputa com Kimi Räikkönen no fim da prova
Max Verstappen, mais uma vez, escreve seu nome na história da F1. Piloto mais jovem a disputar uma prova da categoria, o holandês, logo na sua primeira corrida pela Red Bull, tornou-se o mais jovem piloto a vencer no Mundial. Com apenas 18 anos e sete meses, o piloto tirou proveito de uma trapalhada inacreditável entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton na primeira volta do GP da Espanha e, neste domingo (15), chegou ao topo do pódio em Barcelona. Uma conquista marcada por muito talento, bravura, personalidade, tática certeira e drama no fim.
Verstappen levou a melhor com uma tática certeira de apenas dois pit-stops, contra três de Daniel Ricciardo, seu companheiro de equipe. O holandês resistiu como pode à pressão no fim de Kimi Räikkönen e, como um veterano, guiou monstruosamente em direção à sua primeira vitória na F1. Sebastian Vettel conseguiu ainda chegar em terceiro num grande dia para a história da F1.
Relacionadas
Mais do que nunca, a decisão polêmica de Christian Horner e Helmut Marko, que decidiram rebaixar Daniil Kvyat à Toro Rosso após uma prova desastrosa no GP da Rússia, se mostrou extremamente acertada. Max, menino ainda, guiou como um veterano e provou todo o seu talento para vencer pela primeira vez no Mundial.
Daniel Ricciardo, mesmo com o pneu furado no fim da corrida, ainda conseguiu terminar em quarto, seguido por Valtteri Bottas, da Williams. Carlos Sainz, depois de um início soberbo de prova, levou a Toro Rosso ao sexto lugar, à frente de Sergio Pérez, da Force India. Felipe Massa conseguiu uma boa recuperação depois de largar em 18º e ganhou dez posições para somar quatro pontos no Mundial. Jenson Button voltou a pontuar pela McLaren na Espanha, enquanto Kvyat fechou o rol dos dez primeiros.
Saiba como foi o GP da Espanha de F1
O GP da Espanha começou efervescente. Nico Rosberg conseguiu tomar a ponta de Lewis Hamilton na largada em Barcelona e assumiu a liderança na entrada da curva 1. Mas o tricampeão não se deu por vencido e forçou para tentar retomar o comando da prova na curva 4. Porém, após o alemão 'fechar a porta', Lewis foi para a grama e perdeu o controle do seu carro, rodou e acabou acertando Rosberg. Resultado: os dois pilotos da Mercedes ficaram na caixa de brita e abandonaram a corrida.
O erro maior, claramente, foi de Hamilton, que acabou estragando a corrida da Mercedes toda na primeira volta. Niki Lauda, por exemplo, disparou e disse que a manobra foi "inaceitável. Lewis foi muito agressivo. Por que Nico deveria lhe dar espaço?". O incidente fez com que a direção de prova acionasse o safety-car para remover os dois carros e dar sequência à corrida. Melhor para a Red Bull, para a Ferrari e, por que não dizer, para toda a F1, que ganhou uma corrida toda imprevisível pela frente.
A série de sete vitórias de Rosberg na F1, sendo as quatro primeiras no começo da temporada 2016, teve um fim inesperado. O que ficava claro era que o GP da Espanha teria novamente um vencedor diferente, o que já acontece desde 2007. Como consolo para o alemão, a vantagem para Hamilton permanece
Ricciardo assumiu a liderança, seguido por Verstappen e por Carlos Sainz, que fez uma largada soberba, pulando para terceiro, à frente das Ferrari de Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen no momento da relargada. Felipe Nasr vinha só em 16º, mas à frente de Felipe Massa, que tentava se recuperar ao longo da disputa.
Sainz, aliás, fazia enorme prova e tentava segurar no braço a Ferrari. Foi na raça que Vettel conseguiu superar o piloto da Toro Rosso e, também com muita dificuldade, Räikkönen também superou o espanhol no fim da reta, mas na volta 10, para assumir o quarto lugar. Enquanto isso, Massa fazia sua primeira parada para colocar pneus médios.
Pouco depois, foi a vez de a Red Bull fazer sua primeira parada. Primeiramente com Ricciardo, o então líder, proporcionando a Verstappen ser o piloto mais jovem da história da F1 — e o primeiro holandês — a liderar uma prova no Mundial. Mas durou pouco a liderança de Max, que fez seu pit-stop, também colocando pneus médios, na volta seguinte. Aí era a vez de Vettel assumir a liderança provisória do GP da Espanha. Romain Grosjean vinha em terceiro, os dois ainda sem ter feito seus primeiros pit-stops.
Vettel fez seu primeiro pit-stop somente na volta 16, também colocando pneus médios, proporcionando a Ricciardo reassumir a liderança, seguido por Verstappen. O tetracampeão voltou em terceiro, partindo para cima do jovem holandês. Pouco mais atrás, Massa confirmava sua reação ao chegar ao décimo lugar, pressionando o nono, Fernando Alonso.
As Red Bull seguiam na frente, mas Vettel não perdia de vista Ricciardo e Verstappen. Entretanto, o alemão não conseguia se aproximar o bastante para abrir a asa móvel e tentar a ultrapassagem sobre o holandês. Ao mesmo tempo, Nico Hülkenberg encerrava sua discreta participação no GP da Espanha devido ao motor Mercedes quebrado.
Na volta 31, Ricciardo fez a sua segunda parada, colocando de novo pneus macios. Verstappen reassumiu a liderança e, no giro seguinte, era a vez de Vettel cumprir seu pit-stop, seguindo o australiano e equipando sua Ferrari também com os macios. Massa também havia feito sua parada e não demorou para voltar ao décimo lugar na corrida. Nasr vinha do jeito que era possível com sua Sauber e estava em 14º na volta 33.
Dois giros depois, Verstappen havia feito sua parada. Mas numa estratégia diferente de Ricciardo, o holandês voltou à pista novamente com pneus médios para ir até o fim. A mesma tática foi seguida por Räikkönen, que fez seu pit-stop na volta 36. Assim, a corrida tinha, nas suas primeiras colocações, Ricciardo, Vettel, Verstappen, Räikkönen, Valtteri Bottas, Sainz, Massa, Alonso, Sergio Pérez e Gutiérrez aparecendo em décimo.
Vettel também fez seu segundo pit-stop. Na volta 38, o alemão foi aos boxes e colocou pneus médios, como Verstappen e Räikkönen, tentando seguir até o fim sem fazer uma nova parada. Aí restava saber qual tática seria a de melhor êxito nas voltas finais do GP da Espanha.
Ricciardo fez seu terceiro e derradeiro pit-stop faltando 22 voltas para o fim da corrida. Mais lento dentre os quatro primeiros, o australiano fez seu último stint com pneus médios, mas voltou em quarto lugar, ficando atrás de Verstappen, Räikkönen e Vettel. A esperança de Daniel era que os três pilotos à sua frente fizessem mais uma parada nas voltas seguintes.
Pouco depois, Alonso abandonou a corrida. Seu motor apagou durante a volta 48, encerrando as chances de somar mais pontos depois de ter largado em décimo lugar. Massa vinha em décimo enquanto a prova se aproximava do fim.
Nas voltas finais, Verstappen começou a perder muito ritmo por conta do desgaste dos seus pneus, oferecendo a Räikkönen a chance de se aproximar muito. O finlandês tinha uma performance bem melhor com os médios e indicava que Max teria de fazer mais uma parada. Mas o jovem da Red Bull ainda continuava bravamente na pista. O fim da corrida era imprevisível.
Mas Verstappen tinha uma pilotagem incrível e resistia na frente de forma brilhante mesmo com a pressão do experiente Räikkönen quando restavam dez voltas para o fim. Mesmo Vettel e Ricciardo tinham lá grandes chances de vitória por terem pneus menos gastos. Os quatro primeiros estavam separados por uma diferença de apenas 5s.
Ousado, Ricciardo arriscou ultrapassar Vettel na abertura da volta 58. Na entrada da curva 1, o australiano colocou seu carro por dentro e chegou a passar o alemão, mas o tetracampeão, depois de reclamar via rádio, conseguiu retomar a terceira posição, com o australiando dando uma pequena espalhada. Entretanto, nas voltas finais, Ricciardo perdeu rendimento e teve o pneu traseiro direito furado.
Lá na frente, não teve pra ninguém. Verstappen cruzou a linha de chegada após 66 voltas e fez história ao se tornar o mais jovem piloto da F1 a vencer uma corrida, com 18 anos e sete meses, superando gigantes como Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel. Um dia para a história de F1.
Ricciardo, que teve de ir aos boxes após quase meia volta sem um dos pneus, voltou da parada colado em Bottas e logo retomou o quarto posto.
F1 2016, GP da Espanha, corrida, final:
1 | 33 | MAX VERSTAPPEN | HOL | RED BULL TAG HEUER | 66 voltas | |
2 | 7 | KIMI RÄIKKÖNEN | FIN | FERRARI | +0,616 | |
3 | 5 | SEBASTIAN VETTEL | ALE | FERRARI | +5,581 | |
4 | 3 | DANIEL RICCIARDO | AUS | RED BULL TAG HEUER | +43,950 | |
5 | 77 | VALTTERI BOTTAS | FIN | WILLIAMS MERCEDES | +45,271 | |
6 | 55 | CARLOS SAINZ JR | ESP | TORO ROSSO FERRARI | +1:01,395 | |
7 | 11 | SERGIO PÉREZ | MEX | FORCE INDIA MERCEDES | +1:19,538 | |
8 | 19 | FELIPE MASSA | BRA | WILLIAMS MERCEDES | +1:20,707 | |
9 | 22 | JENSON BUTTON | ING | McLAREN HONDA | +1 volta | |
10 | 26 | DANIIL KVYAT | RUS | TORO ROSSO FERRARI | +1 volta | |
11 | 21 | ESTEBAN GUTIÉRREZ | MEX | HAAS FERRARI | +1 volta | |
12 | 9 | MARCUS ERICSSON | SUE | SAUBER FERRARI | +1 volta | |
13 | 30 | JOLYON PALMER | ING | RENAULT | +1 volta | |
14 | 20 | KEVIN MAGNUSSEN | DIN | RENAULT | +1 volta | |
15 | 12 | FELIPE NASR | BRA | SAUBER FERRARI | +1 volta | |
16 | 94 | PASCAL WEHRLEIN | ALE | MANOR MERCEDES | +1 volta | |
17 | 88 | RIO HARYANTO | INA | MANOR MERCEDES | +1 volta | |
18 | 8 | ROMAIN GROSJEAN | FRA | HAAS FERRARI | +8 voltas | NC |
19 | 14 | FERNANDO ALONSO | ESP | McLAREN HONDA | +19 voltas | NC |
20 | 27 | NICO HÜLKENBERG | ALE | FORCE INDIA MERCEDES | +44 voltas | NC |
21 | 6 | NICO ROSBERG | ALE | MERCEDES | +66 voltas | NC |
22 | 44 | LEWIS HAMILTON | ING | MERCEDES | +66 voltas | NC |
google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”; |
function crt(t){for(var e=document.getElementById(“crt_ftr”).children,n=0;n var zoneid = (parent.window.top.innerWidth
document.MAX_ct0 = '';
var m3_u = (location.protocol == 'https:' ? 'https://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?' : 'http://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?');
var m3_r = Math.floor(Math.random() * 99999999999);
document.write("”);