Verstappen perde chance de vitória em toque com Ocon, Hamilton aproveita e fatura GP do Brasil

Mesmo sem chuva, o GP do Brasil foi bastante técnico e muito agitado do começo ao fim. Max Verstappen foi o grande nome da corrida e seguia rumo à vitória. Mas havia Esteban Ocon no meio do caminho. A vitória em Interlagos ficou com Lewis Hamilton, enquanto a Mercedes confirmou o pentacampeonato do Mundial de Construtores

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A esperada chuva não apareceu na tarde deste domingo (11) em Interlagos. Mas o GP do Brasil foi bastante empolgante mesmo assim. Max Verstappen foi o grande nome da corrida depois de ter largado em quinto lugar. O holandês aproveitou a ótima performance da Red Bull e escalou o pelotão para subir para primeiro, deixando para trás até Lewis Hamilton. Mas um erro grotesco de Esteban Ocon, que era retardatário e tocou na roda traseira direita da Red Bull de Max, fez a vitória do jovem cair por terra. Hamilton tomou novamente a dianteira, lutou nas voltas finais contra o ímpeto de Verstappen e venceu pela segunda vez em São Paulo. Foi o 72º triunfo da sua carreira na F1.

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Hamilton fez grande festa com os mecânicos e engenheiros da Mercedes logo que desceu do carro e até chegou a cair, proporcionando uma imagem pitoresca nesta tarde. Depois, emocionado, Lewis se ajoelhou ao lado do seu carro.

Kimi Räikkönen completou o pódio com uma Ferrari que foi muito apagada em Interlagos. Daniel Ricciardo lutou até o fim para ultrapassar o finlandês, que tinha melhor ritmo, mas conseguiu se sustentar em terceiro. Valtteri Bottas, que fez uma corrida bastante apagada, finalizou em quinto, mas o sexto lugar muito ruim de Sebastian Vettel fez com que a Mercedes consolidasse a conquista do pentacampeonato do Mundial de Construtores.

Charles Leclerc fez uma corrida muito segura com a Sauber, provando cada vez mais seu amadurecimento, e terminou em sétimo, o melhor do resto. Romain Grosjean e Kevin Magnussen finalizaram em oitavo e nono com a Haas, enquanto Sergio Pérez fechou o top-10.

O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ o GP do Brasil de F1 com os repórteres Evelyn Guimarães, Felipe Noronha, Fernando Silva, Gabriel Curty, Juliana Tesser, Nathalia De Vivo e Pedro Henrique Marum, e o fotógrafo Rodrigo Berton. Acompanhe tudo aqui.

Lewis Hamilton venceu o GP do Brasil neste domingo (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Saiba como foi o GP do Brasil de F1

Na volta de saída para o grid de largada, Marcus Ericsson reportou um dano no difusor do seu carro. Correndo contra o tempo, a Sauber lutou para corrigir a falha para deixar tudo pronto para o sueco largar na sua melhor posição da carreira na F1.

Vettel chegou a ter problemas na hora de sair do colchete do grid, mas logo conseguiu voltar à posição normal para a largada em Interlagos. A corrida, que começou com 40% de chance de chuva, teve Hamilton muito bem, mantendo a liderança. Vettel foi quem largou mal e perdeu a segunda posição para Valtteri Bottas. Räikkönen manteve o quarto lugar, com Max Verstappen em quinto e Charles Leclerc na sexta colocação.

Bottas passou Vettel na largada, enquanto Hamilton manteve a liderança (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Desde o começo, o pelotão intermediário tinha belas disputas, como a que envolveu os dois carros da Renault: Nico Hülkenberg e Carlos Sainz chegaram a se tocar na Junção, com o alemão levando a melhor. Lá na frente, quem tinha ótimo ritmo de corrida era Max Verstappen, que ultrapassou os dois carros da Ferrari para subir para terceiro. O holandês contava com pneus supermacios, contra os macios de Kimi e Vettel. Daniel Ricciardo, que havia largado em 11º, escalava o pelotão e já aparecia em oitavo.

Com má performance, Vettel era superado também pelo seu companheiro de equipe. Räikkönen subia para quarto lugar, enquanto o alemão passava a ter Ricciardo no seu encalço. E Verstappen ganhava terreno e se aproximava de Bottas na luta pelo segundo lugar. Na abertura da sétima volta, o holandês colocou por dentro e passou o #77 da Mercedes no fim da reta dos boxes. Era um show de Verstappen em Interlagos. E Ricciardo já era o sexto depois de passar a Sauber de Leclerc.

Fernando Alonso, que tinha uma performance bem decepcionante — assim como a McLaren de Stoffel Vandoorne —, foi o primeiro a parar nos boxes para fazer seu pit-stop. A estratégia da escuderia britânica foi ousada ao colocar os pneus médios no lugar dos macios para ir até o fim, mas o espanhol perdeu muito tempo depois de uma falha na parada. Na sequência, a Mercedes chamou Bottas para seu pit-stop e, na volta seguinte, Hamilton. O britânico, que sofria com bolhas nos pneus supermacios, passou a acelerar com os médios para tentar ir até o fim da prova.

Verstappen dava show com a ultrapassagem sobre Bottas na parte inicial da corrida

O pentacampeão do mundo voltou na sétima colocação, enquanto Verstappen tinha pista livre à frente como novo líder da corrida. Räikkönen vinha em segundo, enquanto Vettel era o terceiro, mas a expectativa era que a Ferrari fizesse seus pit-stops bem mais tarde pelo fato de os carros estarem calçados com os pneus macios. Mais atrás, Ericsson tinha uma série de problemas com um carro bastante desequilibrado. Depois de chegar a rodar na volta 22, o sueco recolheu para os boxes da Sauber e abandonou.

Mesmo com os pneus médios, Hamilton era o mais rápido da pista. E não tinha grandes dificuldades para passar a Sauber de Leclerc e subir para a sexta posição, que virou quinta com o pit-stop feito por Bottas. O pentacampeão ganhou mais uma posição depois que a Ferrari chamou Vettel para a parada. Aliás, uma senhora parada: apenas 1s9 na troca dos pneus macios para os médios. Depois do pit-stop de Räikkönen, feito na volta 31, o alemão voltou à frente do seu companheiro de equipe.

A corrida registrou mais um abandono depois que Nico Hülkenberg, muito apagado em todo o fim de semana, recolheu para os boxes da Renault na volta 32.

Maurizio Arrivabene, ainda com o objetivo de manter a Ferrari na luta pelo título dos Construtores para Abu Dhabi, ordenou de forma pública que Vettel deixasse Räikkönen passar para tentar se aproximar de Bottas em luta por posição. Pouco depois, na volta 35, Verstappen finalmente fez seu pit-stop, com a Red Bull trocando os supermacios pelos macios. Só que a Red Bull perdeu um pouco de tempo, e Hamilton voltou à frente do holandês. Ricciardo, um dos últimos a retardar a parada, assumia a liderança provisória, enquanto o britânico reportava perda de potência do motor.

Com muito melhor ritmo, Verstappen não só se aproximou de Hamilton como fez a ultrapassagem, de forma até fácil, no fim da reta dos boxes. Max tomava a ponta, com Hamilton em segundo e Bottas em terceiro depois do pit-stop feito por Ricciardo, que caiu para sexto lugar, sua posição de origem antes da janela para troca de pneus. O australiano tinha ótimo ritmo e não apenas fazia melhor volta da prova, mas também encostava de vez em Vettel na luta pelo quarto lugar.

Lewis Hamilton voltou a tomar a liderança após erro de Ocon com Verstappen (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

O momento capital da corrida foi na volta 42, quando Ocon tocou em Verstappen na saída do S do Senna. O holandês, que tinha a vitória nas mãos, rodou junto com o francês, seu ex-rival dos tempos de F3 Europeia, e acabou permitindo que Hamilton retomasse a ponta do GP do Brasil. "Puta cara idiota", disparou Max no rádio para a Red Bull e ainda mostrou o dedo do meio para o piloto da Force India. Max também reportou um dano no assoalho do seu carro. Esteban foi punido com 10s.

Mesmo com tudo jogando contra, Verstappen conseguia se aproximar de Hamilton, mesmo com o britânico sendo mais rápido no primeiro setor. A briga pela vitória parecia estar aberta. Lewis acendeu o sinal de alerta depois que Vettel teve de fazer outra parada após grande desgaste dos pneus médios. Mas o britânico conseguia lidar bem com a pressão imposta por Max e lutava para se manter em primeiro.

Um curioso embate entre Vettel e Leclerc aconteceu por breves momentos após o pit-stop do alemão. Charles não impôs resistência, até por ter ritmo bem inferior à Ferrari do tetracampeão. Quem também fazia sua parada era Bottas, na volta 60. A dúvida era se Hamilton resistiria até o fim sem ter de realizar mais uma troca de pneus.

Apagadíssimo da corrida, Bottas aproveitou o melhor desempenho dos novos pneus supermacios para quebrar o recorde de Interlagos: 1min10s845, melhorando depois para 1min10s540. Hamilton, por sua vez, ainda tinha de lidar com uma leva de retardatários para conseguir manter uma diferença sólida para Verstappen.

Max ainda ensaiou uma aproximação nas voltas finais, tirando proveito também do desgaste dos pneus médios de Hamilton. Mas Hamilton usou e abusou da experiência para administrar a vantagem e seguir para vencer pela décima vez na temporada, ajudando a Mercedes a faturar pela quinta vez o título do Mundial de Construtores. Verstappen cruzou a linha de chegada em segundo, o que nem de longe invalida sua grande atuação. Max foi, seguramente, o maior nome do domingo em Interlagos.

F1 2018, GP do Brasil, Interlagos, corrida:

1 L HAMILTON Mercedes 71 voltas  
2 M VERSTAPPEN Red Bull Tag Heuer +1.469  
3 K RÄIKKÖNEN Ferrari +4.764  
4 D RICCIARDO Red Bull Tag Heuer +5.193  
5 V BOTTAS Mercedes +22.943  
6 S VETTEL Ferrari +26.997  
7 C LECLERC Sauber Ferrari +44.199  
8 R GROSJEAN Haas Ferrari +51.230  
9 K MAGNUSSEN Haas Ferrari +52.857  
10 S PÉREZ Force India Mercedes +1 volta  
11 B HARTLEY Toro Rosso Honda +1 volta  
12 C SAINZ Renault +1 volta  
13 P GASLY Toro Rosso Honda +1 volta  
14 E OCON Force India Mercedes +1 volta  
15 S VANDOORNE McLaren Renault +1 volta a
16 S SIROTKIN Williams Mercedes +2 voltas  
17 F ALONSO McLaren Renault +2 voltas  
18 L STROLL Williams Mercedes +2 voltas  
19 N HÜLKENBERG Renault +37 voltas NC
20 M ERICSSON Sauber Ferrari +50 voltas NC
           
           
REC L HAMILTON Mercedes 1:07.281 10/11/2018
MV V BOTTAS Mercedes 1:10.845 11/11/2018

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