Veto da McLaren mantém item do regulamento e leva a proibição das ‘barbatanas’ a partir de 2018

Os carros da F1 vão ter uma mudança radical de visual em 2018. Além da já confirmada inclusão do Halo, os carros da categoria vão deixar de carregar as ‘barbatanas de tubarão’, extensão da cobertura do motor que busca a melhor performance aerodinâmica do carro.

 

O componente voltou a ser utilizado justamente em 2017, consequência das grandes mudanças no regulamento técnico da F1. Desde março, todavia, a FIA já considerava banir as ‘barbatanas’ de 2018 em diante, repetindo manobra vista entre as temporadas 2008 e 2009.

 

A proibição do equipamento não veio sem controvérsia e debate entre as equipes da F1. Depois de ouvir do Grupo de Estratégia que as ‘barbatanas’ deixariam de ser utilizadas em 2018, representantes das escuderias se reuniram para votar a favor da permanência da peça – menos a McLaren, que votou contra. Como as equipes precisam votar de forma unânime para o pedido ser aceito, o veto às ‘barbatanas’ permaneceu.

A proibição do equipamento é um problema no desenvolvimento dos carros de 2018. As equipes trabalhavam sob a hipótese de que a proibição da ‘barbatana’ seria revertida e não imaginaram os novos bólidos sem a peça.

 

A McLaren defende sua postura na votação, alegando que não fazia sentido imaginar que a proibição seria revertida – tanto que seu carro de 2018 já está sendo desenvolvido sem a ‘barbatana’.

 

“Não entendo como todo mundo quis fazer algo diferente do regulamento. Foi decidido meses atrás que não teria barbatana. O regulamento é esse. Algumas equipes achavam que ia mudar e queriam manter”, explicou Éric Boullier, chefe da McLaren.