Vettel usa capacete com bandeira arco-íris em campanha “sem fronteiras” na Turquia
Sebastian Vettel abriu o fim de semana de atividades de pista em Istambul com um capacete de significado maiúsculo em que prega, acima de tudo, a igualdade
“Sem fronteiras, apenas o horizonte, somente a liberdade”. É com esta mensagem que Sebastian Vettel, tetracampeão mundial de Fórmula 1, chega para o fim de semana do GP da Turquia de Fórmula 1. O piloto da Ferrari corre em Istambul com um capacete com pintura muito especial e que traz como destaque a bandeira arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+, além de mostrar, na base, o desenho representando várias pessoas, de várias etnias, com o recado: “Juntos como um só”.
Em dias de intolerância e preconceito, inclusive no meio da Fórmula 1, Vettel traz uma mensagem que traz alento.
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Jens Munser, responsável pelo desenho do capacete do tetracampeão, escreveu em sua conta no Twitter que “a mensagem, que é muito cara ao coração de Sebastian Vettel nestes tempos difíceis e que inspirou este design pode ser encontrada na parte superior do capacete: juntos como um só”.
“O foco deste novo design de capacete é um arco-íris como um símbolo da diversidade das pessoas em um mundo unido e harmonioso. O espectro de cores está embutido na cor básico do capacete, que flui do branco para o preto sem separação”, explicou o artista.
Neste ano, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), em conjunto com a Fórmula 1, lançou a campanha We Race As One (Corremos Juntos, em tradução livre), em que busca promover a diversidade e campanhas sociais em cada GP.
Entretanto, a própria FIA agiu de forma contraditória à própria campanha em determinados pontos. Primeiro, ao vetar manifestações no pódio da Fórmula 1 depois que Lewis Hamilton vestiu a camiseta em memória de Breonna Taylor, mulher preta assassinada pela polícia nos Estados Unidos.
Dias depois, Vitaly Petrov, piloto russo de curta carreira na Fórmula 1, correndo entre 2010 e 2012, veio a público para criticar Hamilton pelo ato de se ajoelhar em manifestações contra a repressão policial e racismo sistêmico e ainda completou sua declaração com um questionamento de cunho homofóbico.
Curioso é que Petrov foi convidado pela própria FIA para ser comissário de prova do GP de Portugal, o que causou espécie a Hamilton.
“Sim, claro, diria que é uma surpresa contratar alguém que acredita em coisas assim e fala dessa forma sobre coisas que estamos tentando lutar contra”, afirmou.
“Mas a pergunta deveria ser para eles [FIA], na verdade. Não tem nada que eu possa fazer sobre isso”, seguiu. “Deveríamos incluir pessoas que estão [de acordo com] estes tempos, que entendem o período que estamos vivendo e são sensíveis aos assuntos que nos cercam. Então, não consigo entender qual o objetivo ou o motivo particular para ele estar aqui, porque não é como se não tivessem outras boas opções”, disparou o ainda hexacampeão.
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