Villeneuve vê gesto de Vettel na Malásia como estúpido e lembra caso de seu pai: “Causou problemas”

Em entrevista à publicação germânica ‘Auto Bild’, Jacques Villeneuve classificou ação de Sebastian Vettel na Malásia como estúpida. Canadense lembrou situação semelhante entre seu pai, Gilles, e Didier Pironi, e afirmou que isso só trouxe problemas

A atitude de Sebastian Vettel no GP da Malásia de F1, disputado no último domingo (24) em Sepang, segue dando o que falar. Em entrevista à publicação germânica ‘Auto Bild’, Jacques Villeneuve classificou o comportamento do tricampeão como estúpido e disse que isso só traz prejuízos ao time. 

 
Na parte final da etapa malaia, Mark Webber e Vettel foram orientados para manterem suas posições, ou seja, com o australiano à frente do companheiro rubro-taurino. Webber cumpriu a orientação, mudou o mapeamento do motor e diminuiu o ritmo, mas Sebastian preferiu ignorar a ordem e partiu para cima do companheiro, vencendo a prova em Sepang. 
Villeneuve afirmou que ação de Vettel foi deliberada (Foto: Duda Bairros/Vicar)
“O comportamento dele foi estúpido. Uma energia tão negativa não ajuda o time”, avaliou Villeneuve. “Se agora Seb precisar mais uma vez da ajuda de Mark, ele não terá certeza de que conseguirá”, ponderou. 
 
Em relação ao pedido de desculpas feito por Vettel, Jacques afirmou que é “fácil arranjar desculpas”. “No fim, ele conseguiu a vitória e os pontos. Mark não ficou com nada. Foi uma decisão deliberada de Vettel”, acusou. 
 
Ainda, o canadense se lembrou de uma situação parecida, envolvendo seu pai, Gilles, e Didier Pironi. Em Ímola, em abril de 1982, Villeneuve e Pironi receberam da Ferrari a ordem para diminuir o ritmo, com o objetivo de evitar quebras mecânicas e o consumo excessivo de combustível, já que Michele Alboreto, o terceiro colocado, estava bastante distante da dupla de Maranello. 
 
Na ponta, Gilles seguiu a orientação, mas foi surpreendido pela aproximação de Pironi, que o ultrapassou. O canadense reagiu, tomou a ponta, mas voltou a perder a posição mais adiante e viu Didier cruzar a linha de chegada com 0s366 de vantagem. 
 
Assim como Webber, Villeneuve se sentiu traído e jurou que nunca mais falaria com o francês, a quem via como um amigo. Duas semanas depois do incidente em Ímola, a rivalidade entre os dois contribuiu para a morte de Gilles. 
 
No GP da Bélica, no circuito de Zolder, Villeneuve tentava superar o melhor tempo registrado por Pironi na classificação e, quando estava em sua última volta rápida, se deparou com o March de Jochen Mass mais lento na pista. Os dois se tocaram, a Ferrari decolou e capotou na sequência, partindo o cockpit ao meio. Gilles foi arremessado para o alto e se chocou violentamente contra o alambrado. Quando o socorro chegou ao local, o piloto já não respirava e foi declarado morto pouco mais tarde, em um hospital local.
 
“O melhor exemplo é quando meu pai e Didier Pironi estavam na Ferrari, em Ímola, em 1982”, comparou Jacques. “Só veja os problemas que causou”, encerrou. 
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