Webber manifesta preocupação com futuro e avalia que desenvolvimento da F1 “não fez favor algum aos fãs”

Agora piloto do WEC, Mark Webber manifestou sua preocupação com o futuro do F1 e avaliou que as mudanças recentes no esporte não fizeram bem algum para os fãs

Bernie Ecclestone pode até não concordar, mas a F1 vive um momento de crise. A mudança dos motores V8 para os atuais V6 turbo provocou uma reação negativa dos fãs — e de muitos pilotos — e o próprio posicionamento do esporte frente aos novos recursos de comunicação é alvo de críticas.
 
Além disso, os times menores da F1 atravessam uma séria crise financeira, que forçou Caterham e Marussia a ficarem de fora dos GPs de Austin e Interlagos. O time verde promoveu uma vaquinha virtual para arrecadar os fundos necessários para alinhar no grid da última prova do ano e já anunciou que estará em Abu Dhabi.
Mark Webber defende a Porsche desde o início da temporada 2014 (Foto: Getty Images)
 
Nesse cenário, Mark Webber, ex-piloto da Red Bull e atual representante da Porsche no Mundial de Endurance, afirmou que está preocupado com o futuro do esporte.
 
Falando à publicação austríaca ‘Salzburger Nachrichten’, o piloto de 38 anos foi questionado sobre a disputa entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg pelo título de 2014 e, após opinar sobre o duelo entre os pilotos da Mercedes, declarou: “Eu tenho de dizer: no momento, têm coisas mais importantes na F1. Estou falando do estado… a prosperidade de todo o esporte”.
 
Na visão de Webber, o novo regulamento provocou um impacto muito grande no Mundial e citou as dificuldades de Kimi Räikkönen em seu retorno à Ferrari como exemplo.
 
“Olhe o Kimi. Isso não é correr. Se você pudesse guiar o carro no limite, ele estaria lá. Uma volta rápida após a outra”, garantiu. “Ele está completamente frustrado”, sublinhou. 
 
 
“Também achei muito, muito interessante ver Bernie Ecclestone dizendo que não precisa da audiência jovem na F1”, comentou. 
 
Apesar de os jovens terem sido dispensados por Ecclestone, a F1 verá a estreia de um piloto de 17 anos na próxima temporada.
 
 “Não estou certo se as pessoas querem pagar € 400 em um ingresso para assistir um cara de 17 anos”, disse Webber. “Nós tivemos outros casos, como Fernando [Alonso] ou Kimi, mas esses foram casos muito especiais e os carros na época eram muito mais difíceis de pilotar, especialmente fisicamente. A possibilidade de fracasso era muito maior”, continuou.
 
“Agora é quase embaraçoso quando um carro de F1 sai dos pits. É como uma GP2 um pouco mais forte. Não é a F1 com que estávamos acostumados”, defendeu.
 
Por fim, Webber ressaltou que não sente falta da F1 e contou que faz meses que não assiste uma corrida inteira do Mundial.
 
“Faz alguns meses que eu assisti uma corrida inteira na TV”, contou. “Depois do Brasil, eu estava no carro ouvindo rádio e 85% do que eles estavam falando era sobre pneus. É frustrante não só para os pilotos, mas também para os fãs”, apontou. 
 
“A asa móvel é embaraçosa. É tão diferente de meados dos anos 2000. Acho que o desenvolvimento nos últimos três ou quatro anos não fez favor algum aos fãs”, observou. “Quatro pit-stops. O que é isso?”, questionou.
 
“E esses pilotos pagantes? Nós deveríamos ter absolutamente os melhores pilotos na F1, mas alguns caras que deveriam estar lá não podem pagar os € 400 mil que precisam para um único dia de testes”, concluiu.
BOLÃO GRANDE PRÊMIO EUROBIKE
A DECISÃO DA F1 EM ABU DHABI

Participe do bolão da F1 GRANDE PRÊMIO EUROBIKE: dê seus palpites para o GP de Abu Dhabi deste fim de semana que define o campeão da temporada 2014. 

Será que Lewis Hamilton vai jogar pelo resultado e ser segundo colocado para ficar com o bicampeonato? E Nico Rosberg, vai para o tudo ou nada, vence e dá uma ajudinha para fazer com que Felipe Massa e companhia tentem superar o rival?  

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A 'TÁTICA VILLENEUVE'

Em meio à alegria da vitória e pela torcida que invadira a pista em Interlagos, Nico Rosberg não titubeou em chamar Felipe Massa de irmão camarada. Havia o interesse próprio: o resultado confirmava a necessidade de o alemão ter alguém que importune a vida de Lewis Hamilton para lhe tirar o segundo lugar em Abu Dhabi. Uma dobradinha como a do Brasil é o suficiente para que o inglês comemore seu segundo título.

Ironia da vida, Rosberg deve estar resmungando por a Mercedes ter feito um carro tão bom. A solução é ser o autor da situação que permita aos demais andar no ritmo de Hamilton. Que ele veja, então, o GP do Japão de 1997 e o que fez Jacques Villeneuve.

Leia a análise no GRANDE PRÊMIO.

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