Williams prega mudança de postura e diz ter contratado 250 funcionários em 17 meses
James Vowles decidiu traçar linha de evolução na equipe de Grove e afirma que decidiu investir em pessoas antes de obter resultados na pista
James Vowles foi escolhido para ser chefe da Williams com um desafio real na Fórmula 1: mudar a mentalidade da tradicional equipe para voltar a ser competitiva. Depois de se destacar na Mercedes, o dirigente foi recebeu a oportunidade de comandar a equipe britânica e, desde então, vem tentando traçar uma linha de evolução em Grove. Embora a temporada da Williams seja pior que o bom trabalho feito em 2023, isso não parece preocupar o engenheiro. A prioridade, nos últimos meses, foi investir em pessoas para criar uma equipe forte e depois obter os resultados na pista.
“Contratamos cerca de 250 pessoas nos últimos 17 meses. Temos o diretor técnico Pat [Fre], que deixou a Alpine antes que a situação piorasse. Ele acredita muito no que estamos fazendo e é uma parte fundamental disso. Depois dele, contratamos mais 26 pessoas”, disse Vowles, ao site Motors Sport Week.
“Fundamentalmente, no que estamos investindo? Em pessoas. Já disse isso várias vezes e, até certo ponto, essa também é uma prioridade. E o que fizemos com as pessoas? Antes de mais nada, Alex [Albon] assinou novamente. Ele sabe muito bem o que está por vir em 2026 e 2027 e isso lhe deu confiança para saber que este é o lugar certo para ele”, comentou. “Ele tinha muitas ofertas na mesa. Mas a parte principal por trás disso é que considero Alex um marco importante o futuro da equipe”, emendou o dirigente.
Para confirmar onde a Williams pretende chegar, o time buscou Carlos Sainz na Ferrari para o lugar de Logan Sargeant e, a partir de 2025, terá uma das duplas de pilotos mais fortes do grid. Vowles também fez questão de explicar alguns dos profissionais que chegaram e chegarão na equipe para ajudar na construção do time.
“Se eu falar sobre essas pessoas por um segundo, quem são elas? Falei sobre isso antes, mas vale a pena entrar em mais detalhes. Fabrice [Moncade], que alguns de vocês devem ter visto, veio da Ferrari com sete anos de experiência no comando da equipe de simulação e simuladores. A simulação está no centro do que fazemos na F1. Não se trata de mágica. Trata-se de simulação. Ele chega em um dos melhores ambientes para isso. Antes, ele estava na Mercedes“, citou.
“Temos Richard Frith, que vem da Alpine. Ele se juntará a nós logo. Richard é chefe de desempenho e vai atuar em função semelhante aqui. Também o conheço desde os tempos de Mercedes. Ele é muito, muito bom com os carros e, principalmente, a suspensão deles. Também é um cara que sabe unir a equipe”, continuou Vowles.
“Além disso, temos Juan Molina, que passou por Haas e da Red Bull como chefe de aerodinâmica. Um aerodinamicista muito, muito forte, que vai reforçar a equipe nessa capacidade e função sênior. Também trouxemos Adam Kenyon para ser chefe de aerodinâmica”, completou o dirigente.
“Vamos continuar. Por isso estamos crescendo. As pessoas estão vindo, como eu disse, de todas as principais equipes. Não há um único lugar em que não estejamos sendo bem vistos. As pessoas estão fazendo isso porque perceberam que a Williams não está no grid apenas para fazer número. É um investimento para trazer essa equipe de voltar a andar na frente”, finalizou.
A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.
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