Wolff revela que reação das equipes à proposta de volta do reabastecimento foi “100% negativa”

Toto Wolff, inicialmente polido ao comentar o assunto, agora revelou que a reação das equipes foi completamente contrária à volta do reabastecimento ao Mundial de F1 em 2017.

 

Há duas semanas, em Mônaco, o diretor-esportivo da Mercedes comentou que os pilotos haviam reagido bem à proposta e evitou fazer críticas. Mas, depois de um encontro entre as dez equipes do grid no Canadá, o austríaco revelou que, na verdade, ninguém foi favorável.

Entende-se que a ideia foi sugerida, em maio, por Bernie Ecclestone durante a reunião do Grupo de Estratégia.

 

“Quando discutimos isso no Grupo de Estratégia, já não teve muito apoio, mas concordamos em explorar isso, discutir na reunião sobre o regulamento e analisar com cuidado. O feedback foi 100% negativo: muito caro, não é seguro o bastante, piora as corridas e as estratégias”, disse no sábado em Montreal.

 

“Então vai voltar ao Grupo de Estratégia e a minha opinião é que não devia ter isso. Não estou disposto a ter o reabastecimento outra vez na F1”, acrescentou.

 

No fim de semana do GP de Mônaco, os pilotos tinham se mostrado bastante animados com a possibilidade. Para eles, seria mais interessante ter carros mais leves durante a prova para poder atacar como se fosse em ritmo de classificação.

 

Em compensação, o principal no momento parece ser a questão dos custos: é preciso transportar mais equipamentos e mais funcionários para manejá-los nas corridas. Fora que a intenção era ter pit-stops com a troca de pneus sendo mais demorada, ou seja, o combustível precisaria ser injetado nos carros a uma velocidade maior do que era feito até 2009.

 

Também foram levantados números que indicam que o número de ultrapassagens na pista aumentou depois que o reabastecimento foi proibido para a temporada 2010. Pat Symonds, diretor-técnico da Williams, foi outro que demonstrou não gostar nem um pouco da proposta.