Com forte início de campeonato, Latifi se firma como alternativa ‘caseira’ da Williams para futuro

Vencedor de duas das quatro corridas da Fórmula 2 em 2019, Nicholas Latifi já abriu boa vantagem para a concorrência. Hoje piloto de testes na Williams, o canadense já pode até ser visto como alternativa para uma escuderia em apuros

A temporada 2019 da Fórmula 2 traz um panorama bem diferente de 2018. No ano passado, jovens talentos como Lando Norris, George Russell e Alexander Albon se destacaram e graduaram para a Fórmula 1. Neste ano, os principais pilotos são mais experientes, envelhecidos para os padrões uma categoria de suporte, e precisam mostrar mais que o necessário para chamar atenção da divisão principal. Destaque no começo da temporada, Nicholas Latifi já tem até para onde mirar quando o assunto é dar o próximo passo na carreira e ir para a categoria principal.
 
Com duas vitórias em quatro corridas disputadas em 2019, Latifi já não parece tão distante assim do sonho na Fórmula 1. Isso fica facilitado pelo vínculo com a Williams, onde é piloto de testes. A equipe britânica, que já lida com o incômodo cada vez mais evidente de Robert Kubica, certamente vê com bons olhos um 'plano B' para o futuro.
 
Em sua quinta temporada na Fórmula 2 e próximo de completar 24 anos de idade, é difícil acreditar que Latifi tenha chances em equipes que não sejam a Williams. Para azar do canadense, o salto de desempenho aconteceu justo quando as gerações mais talentosas da categoria já graduaram para a divisão superior. Mesmo assim, a insatisfação de Kubica coloca o canadense como uma alternativa caseira para o time de Grove.
Piloto de testes e líder da F2, Latifi é candidato a tomar posto de Kubica (Foto: Williams)

Vivendo a pior crise de sua história, a Williams pode ser comprada pelo magnata russo Dmitry Mazepin, que claramente tem a intenção de colocar o filho Nikita no time. O problema é que o desempenho do jovem de 20 anos na F2 não dá a entender que ele receberá a superlicença em 2020, o que abre caminho para Latifi, que poderá ser credenciado para a Fórmula 1 caso termine esta temporada entre os cinco primeiros. Ele despontaria como uma solução caseira, já que o principal alvo estaria impossibilitado e outras opções no restante do grid provavelmente não mostrariam tanto interesse.

 
É claro que a Williams não é o melhor lugar para desenvolvimento na atualidade, mas a chance de Latifi correr na Fórmula 1 é maior do que a de rivais de grid na F2. É o caso de Jack Aitken, vencedor da corrida 1 no Azerbaijão, que ainda está muito distante de uma vaga na Renault, equipe na qual é filiado e que conta com a forte dupla de pilotos formada por Nico Hulkenberg e Daniel Ricciardo. 
 
Equipes com pilotos ainda não muito convincentes na F1 2019, como os casos de Alfa Romeo com Antonio Giovinazzi e Toro Rosso com Daniil Kvyat, viriam a apostar em pilotos jovens como Mick Schumacher e Dan Ticktum no caso de buscar uma nova opção para o futuro. Isso frustra planos de pilotos que sonham com a F1, mas ainda não têm vínculos com equipes, como acontece com Luca Ghiotto. Dentro da Williams, Latifi não sofre do mesmo problema.
 
A temporada ainda está no começo. 20 corridas serão disputadas e a margem para outros pilotos entrarem na disputa ainda é grande, mas é inegável que Latifi abriu uma vantagem suficiente para se consolidar como um dos grandes favoritos ao título da Fórmula 2.
 
 
 
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