Stoffel Vandoorne não precisou liderar a maior parte da primeira bateria da GP2 na Áustria para provar a sua superioridade. O belga, que passou boa parte deste sábado (20) brigando por posições intermediárias por causa de um pit nas primeira voltas, deu a volta por cima após os pits daqueles que optaram por uma estratégia diferente. Mesmo só liderando as últimas oito voltas, o belga deixou bem claro aquilo que já mostrara em outros momentos do ano: em 2015, não tem para ninguém.
Vandoorne não deu chances ao adversários e venceu mais uma (Foto: GP2)
Mas o grande salto do trio só aconteceu nas últimas dez voltas. Isso se deve às estratégias diferentes de, por exemplo, Alex Lynn. O inglês, que liderou a maior parte da etapa, optou por usar o pneu mais duro no primeiro trecho, reservando a borracha macia para o último quarto da bateria.
Quando todos fizeram seus pits, Vandoorne surgiu em primeiro. E a vantagem sobre Sirotkin já era de quase 10s. A grande briga passou a ser pelo último lugar no pódio, entre Matsushita e Lynn, com o inglês superando o japonês.
Em sete provas, esta é a quarta vitória de Vandoorne em 2015, que já acumula 139 pontos. Para dimensionar a vantagem, o segundo colocado é Alexander Rossi, com 78.
Saiba como foi a primeira bateria da GP2 na Áustria
O começo da prova foi bastante tumultuado. Enquanto Richie Stanaway ficava parado no grid, Stoffel Vandoorne segurava a ponta, agora com Sergey Sirotkin em segundo.
Mas a ação não durou muito, já que Pierre Gasly, que havia largado mal, fez contato com outro carro na curva 2, perdendo parte da asa dianteira. O Safety Car Virtual foi acionado na sequência.
Na relargada, a ordem era Vandoorne, Sirotkin, Matsushita, Yelloly e Marciello.
A primeira ultrapassagem em bandeira verde foi a de Marciello sobre Yelloly, que não fez uma das melhores relargadas.
Os erros dos pilotos não paravam de acontecer. Rio Haryanto e Daniel de Jong, por exemplo, perderam o carro em dois incidentes diferentes.
Lynn não venceu, mas precisou se esforçar muito para chegar em terceiro (Foto: GP2)
Os pits começaram logo na volta 7, quando Vandoorne e Yelloly entraram no pit-lane. Os outros ponteiros não iriam tardar em fazer o mesmo – Sirotkin e Matsushita pararam na 8, por exemplo.
Dos que haviam parado, Vandoorne ainda era líder, com Sirotkin logo atrás. Sergey, todavia, inverteu tudo, deixando o belga para trás. A briga entre os companheiros de equipe pegava fogo.
Enquanto isso, Gasly era o líder. Sirotkin, líder dos que haviam parado, era 13º.
Sirotkin esse que logo perdeu a posição de líder dos que haviam feito pits. Vandoorne não deixou o russo abrir, dando o troco na sequência.
Dentre os que não haviam parado, Gasly era líder – mas, agora, por uma diferença mínima. Alex Lynn, segundo colocado, estava colado no francês, que estava ficando sem pneus. Markelov, terceiro, também se aproximava.
A pressão surtiu efeito na volta 17, quando Lynn conseguiu frear mais tarde na curva 2. E, logo na curva seguinte, Markelov também passou Gasly.
Mais atrás, o trio Vandoorne, Sirotkin e Matsushita sofria para avançar. O top-10 ainda não era uma realidade para aqueles que haviam parado. E, enquanto brigavam um com o outro, perdiam a oportunidade de diminuir a diferença para o líder, Lynn.
Na frente, Gasly não parava de perde posições. Haryanto tomou o terceiro lugar na volta 21.
Lidando melhor com os carros mais lentos, Vandoorne conseguiu abrir sobre Sirotkin. A corrida chegava num momento crucial para o belga, já que Lynn estava perto de fazer seu pit.
Vandoorne ia subindo conforme os adversários iam aos boxes. Stoffel já era o quinto na altura do 29º giro. Mas bater Lynn, que não só liderava como também controlava o consumo de pneus, seria difícil.
O bom controle de pneus apresentado por Lynn ficava evidenciado ao comparar o ritmo do inglês com o de seus rivais. Markelov e Haryanto, por exemplo, precisaram parar duas voltas antes.
Após o pit de Lynn, agora quinto, Vandoorne tomou a ponta, com Sirotkin em segundo.
Vandoorne conseguia encaixar as voltas mais rápidas da prova, mas aparentava ter problemas com os freios. Uma fumaça preta começou a sair da roda do pneu dianteiro esquerdo.
Alexander Rossi e Matsushita, terceiro e quarto, vinha brigando pela última posição do pódio. Eventualmente o japonês tomou a posição. Ao americano, restava segurar Lynn.
Lynn logo conseguiu a posição de Rossi. Matsushita estava próximo e um pódio do britânico era plenamente possível.
A última ultrapassagem da prova foi justamente a de Lynn sobre Matsushita, que chegou ao segundo pódio no ano.
1 |
STOFFEL VANDOORNE |
BEL |
ART |
53:42.694 |
40 voltas |
2 |
SERGEY SIROTKIN |
RUS |
RAPAX |
+11.788 |
|
3 |
ALEX LYNN |
ING |
DAMS |
+15.318 |
|
4 |
NOBUHARU MATSUSHITA |
JAP |
ART |
+15.849 |
|
5 |
ARTEM MARKELOV |
RUS |
RUSSIAN TIME |
+19.420 |
|
6 |
ALEXANDER ROSSI |
EUA |
RACING ENGINEERING |
+21.254 |
|
7 |
RIO HARYANTO |
INA |
CAMPOS |
+22.583 |
|
8 |
NICK YELLOLY |
ING |
HILMER |
+26.897 |
|
9 |
ARTHUR PIC |
FRA |
CAMPOS |
+35.069 |
|
10 |
MITCH EVANS |
NZL |
RUSSIAN TIME |
+38.649 |
|
11 |
ROBERT VIȘOIU |
ROM |
RAPAX |
+42.068 |
|
12 |
JORDAN KING |
ING |
RACING ENGINEERING |
+42.569 |
|
13 |
PIERRE GASLY |
FRA |
DAMS |
+44.489 |
|
14 |
JULIÁN LEAL |
COL |
CARLIN |
+49.600 |
|
15 |
RAFFAELE MARCIELLO |
ITA |
TRIDENT |
+50.336 |
|
16 |
ANDRÉ NEGRÃO |
BRA |
ARDEN |
+50.729 |
|
17 |
RENÉ BINDER |
AUT |
TRIDENT |
+54.619 |
|
18 |
MARCO SØRENSEN |
DIN |
CARLIN |
+55.933 |
|
19 |
MARLON STÖKINGER |
SUI |
STATUS |
+59.209 |
|
20 |
NORMAN NATO |
AUT |
ARDEN |
+59.505 |
|
21 |
DANIËL DE JONG |
HOL |
MP |
+59.603 |
|
22 |
SIMON TRUMMER |
SUI |
HILMER |
+1:15.237 |
|
23 |
RICHIE STANAWAY |
JAP |
STATUS |
+1 volta |
|
|
NATHANAËL BERTHON |
FRA |
LAZARUS |
|
NC |